CRISE POLÍTICA Tentativa de prender presidente destituído da Coreia do Sul é suspensa em meio a tumulto e barreira de guardas presidenciais Publicada em 03/01/2025 às 09:30 Em meio a tumulto e após mais de cinco horas de impasse, autoridades da Coreia do Sul suspenderam nesta sexta-feira (3) temporariamente a operação para cumprir o mandado de prisão expedido contra o presidente destituído, Yoon Suk Yeol. A tentativa de prisão foi frustrada por uma barreira de soldados e guardas presidenciais que impediram que policiais e promotores executores da ordem judicial chegassem até Yoon, que continua morando no palácio oficial da presidência, em Seul. Uma multidão de apoiadores que se aglomeravam em frente à residência também dificultou a operação. As autoridades que cumpririam a ordem de prisão chegaram por volta das 8h, no horário local, em frente à casa. No entanto, levaram cerca de uma hora para conseguir ultrapassar a barreira humana de manifestantes em frente ao local. Após conseguir ultrapassar os manifestantes, foi preciso enfrentar a segurança presidencial. Cerca de 200 agentes do serviço de segurança do presidente destituído e soldados de uma unidade militar localizada dentro da propriedade oficial da presidência bloquearam a ação das autoridades, de acordo com Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários sul-coreano. Houve embate entre os agentes de segurança da presidência e os responsáveis pelo cumprimento do mandado de prisão, mas não foram sacadas armas. O escritório de investigação informou ter suspendido a tentativa de prisão para garantir a segurança no local. Uma investigação foi aberta para apurar a atuação dos chefes da segurança presidencial (leia mais abaixo). "Determinamos que seria praticamente impossível executar o mandado de detenção devido ao confronto contínuo [com as forças de segurança presidencial] e suspendemos a execução por preocupação com a segurança do pessoal no local, causada pela resistência", disse um representante do Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) sul-coreano em nota à imprensa. A ordem de prisão tem validade até segunda-feira (6) e permite que a polícia mantenha Yoon Suk Yeol preso por, no máximo, 48 horas para interrogatórios. As autoridades não informaram quando deve ser a nova tentativa de prender o presidente destituído. Autoridades policiais recuam de tentativa de prisão do presidente sul-coreano destituído — Foto: Imagem: Reuters Investigado por lei marcial e alvo de impeachment Yoon Suk Yeol é alvo de um mandado de prisão expedido no dia 31 de dezembro, após ele se recusar a cumprir diversas convocações para prestar depoimentos à Justiça. Ele está sendo investigado criminalmente por insurreição após decretar lei marcial, que restringiu direitos civis no início de dezembro. A medida levou Yoon a sofrer um impeachment aprovado por parlamentares (leia mais sobre a crise na Coreia do Sul abaixo). Mesmo afastado do cargo, formalmente Yoon Suk Yeol ainda é considerado presidente. A destituição definitiva do posto de presidente está sendo julgada pelo Tribunal Constitucional sul-coreano, que tem até 6 meses para decidir se acata a decisão do Parlamento. Fonte: g1 Leia Também Opositor de Maduro, González irá à Argentina; não há plano de ida ao Brasil FBI diz que explosão em Las Vegas não tem ligação com ataque em Nova Orleans Avião de pequeno porte cai sobre galpão perto de Los Angeles, nos EUA Tentativa de prender presidente destituído da Coreia do Sul é suspensa em meio a tumulto e barreira de guardas Saque-aniversário do FGTS já está disponível para nascidos em janeiro Twitter Facebook instagram pinterest