ASSASSINATOS 2024 foi o ano mais mortal para jornalistas em 30 anos, diz relatório Publicada em 13/02/2025 às 15:50 O ano de 2024 foi o mais letal para jornalistas nos últimos 30 anos, com pelo menos 124 profissionais mortos em 18 países, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (11) pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Aumento da violência contra jornalista Segundo o CPJ, os números refletem o impacto crescente de conflitos internacionais, crises políticas e criminalidade contra profissionais da mídia. "Este é o momento mais perigoso para ser jornalista desde que o CPJ começou a registrar esses dados", afirmou Jodie Ginsberg, diretora-executiva da entidade. Em comparação com 2023, houve um aumento de 22% no número de mortes, sendo que a principal causa foi a guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo extremista Hamas. 85 jornalistas foram mortos no conflito, sendo 82 palestinos, o que representa 70% das mortes de profissionais de imprensa no mundo em 2024. "A guerra em Gaza demonstra uma deterioração alarmante da proteção dos jornalistas em zonas de conflito, mas o perigo para a imprensa vai muito além deste território", alertou Ginsberg. Regiões mais letais para a imprensa Oriente Médio e Norte da África: Registraram 97 mortes, representando 78% do total. Sudão: Em meio à guerra civil, seis jornalistas foram mortos. Paquistão: Após três anos sem registros, o país teve seis assassinatos de jornalistas em 2024. Síria: Após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro, quatro jornalistas foram mortos. Iraque: Após um ano sem mortes em 2023, três jornalistas foram assassinados em 2024 devido à escalada da violência envolvendo o governo iraquiano e operações turcas contra militantes curdos. Na América Latina, o México seguiu como um dos países mais perigosos para jornalistas, com cinco assassinatos em 2024. No Haiti, dois jornalistas foram mortos por grupos criminosos. Alerta para 2025 O CPJ destaca que, além dos 124 assassinatos registrados em 2024, pelo menos 24 jornalistas foram alvos de homicídios diretamente relacionados ao seu trabalho. Além disso, jornalistas independentes representam 35% das mortes, com destaque para 31 freelancers palestinos mortos em Gaza. A entidade também alertou que 2025 começou com alta violência contra jornalistas, registrando seis assassinatos de profissionais de imprensa nas primeiras semanas do ano. Diante desse cenário, o CPJ defende a criação de um grupo internacional de investigação para garantir a responsabilização pelos crimes contra jornalistas e reforçar a proteção da imprensa em zonas de risco. Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO Leia Também 2024 foi o ano mais mortal para jornalistas em 30 anos, diz relatório Trump anuncia criação de tarifas recíprocas aos países que cobram taxas dos EUA Últimos dias para participar da campanha que oferece conta de energia gratuita por dois anos PF mira suspeitos de invadir sistemas do CNJ para soltar presos Conab estima safra recorde de 325,7 milhões de toneladas Twitter Facebook instagram pinterest