REGIME AUTORITÁRIO Trump envia sinais confusos na coexistência com Maduro e desestabiliza opositores do ditador Publicada em 26/02/2025 às 09:59 Sinais contraditórios sobre o regime autoritário de Nicolás Maduro na Venezuela emanam do novo governo de Donald Trump e desestabilizam os opositores do ditador. Na mais recente dessas manifestações, Richard Grenell, o enviado especial do presidente ao país, tentou ser assertivo ao traçar a nova forma de coexistência dos EUA com Maduro: o governo americano não investirá em mudanças no regime venezuelano. “Temos muito claro que Donald Trump é alguém que não quer fazer mudanças no regime. Ele quer fazer tudo que puder para tornar o povo americano mais forte, mais próspero. É nisso que estamos nos concentrando agora”, assegurou Grenell ao site “The Epoch Times", alinhado à extrema direita. No fim de janeiro, o enviado de Trump se reuniu com Maduro no Palácio Miraflores e retornou de Caracas com seis americanos libertados pelo regime. O novo arranjo contrasta fortemente com o primeiro mandato do presidente americano, que foi um dos primeiros a reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela e fez oposição contumaz ao regime, ampliando sanções a ele. Embora o governo dos EUA ainda reconheça Edmundo González como o vencedor das eleições de julho passado, o degelo nas relações conturbadas interessa aos dois lados: Maduro obtém um verniz de legitimidade diante da comunidade internacional, para seguir na liderança do país; e Trump reduz a pressão sobre o regime para impulsionar negócios com o petróleo e facilitar as deportações de imigrantes sem documentos. Num dos primeiros atos na Casa Branca, o presidente revogou o Status de Proteção Temporária (TPS) a quase 600 mil imigrantes venezuelanos nos EUA. No entender do jornalista exilado Arturo McFields, ex-embaixador na OEA, Maduro rendeu-se ao novo governo Trump, ao fornecer voos pagos para a volta de imigrantes, receber criminosos da gangue Tren de Aragua e libertar prisioneiros americanos. “A única coisa que o autocrata não está disposto a abrir mão é do poder. E o novo governo parece não estar disposto a usar o dinheiro dos contribuintes para derrubar seu regime”, afirma em artigo publicado no site “The Hill”. Embora os EUA mantenham as sanções a integrantes do círculo íntimo de Maduro, no início deste mês, foi renovada a licença que permite que a Chevron opere na Venezuela. Por outro lado, não está claro como o secretário de Estado, Marco Rubio, crítico ferrenho do regime, se posiciona em relação às investidas da Casa Branca para acomodar o ditador. Por enquanto, os sinais dessa nova coexistência Trump-Maduro ainda são nebulosos e imprevisíveis, mas há algo diferente no ar. Fonte: Sandra Cohen/G1 Leia Também Trump envia sinais confusos na coexistência com Maduro e desestabiliza opositores do ditador Hamas devolverá os corpos de mais 4 reféns israelenses em troca da libertação de prisioneiros palestinos Papa Francisco tem mais uma noite tranquila, mas estado de saúde continua grave Haddad desmente fake news sobre aumento de contribuição do MEI Aposta do Rio de Janeiro acerta Mega-Sena e vai ganhar R$ 131 milhões Twitter Facebook instagram pinterest