COLUNA FALANDO SÉRIO Confúcio e a utopia da Frente Progressista em Rondônia; Hildon isolado no comando do PSDB; Breno Mendes e o dilema de defender o povo ou o Prédio do Relógio Publicada em 11/03/2025 às 08:49 Por que ainda escrevemos colunas de análises políticas? CARO LEITOR, todo o processo de construção de uma coluna de análises políticas demanda filtrar informações, refletir, escrever e enviar para o chefe de redação do jornal eletrônico. Além disso, não pode errar nos dados levantados e muito menos deixar de demonstrar intimidade com a língua materna. Daí me perguntei por que ainda escrevemos análises políticas para depois publicar como minúsculas gotas d’água prestes a evaporar, nesse mar revolto que é o jogo do poder político. Será que nós, colunistas políticos, somos gotas d’água ao vento na tempestade do jogo do poder político para quem sabe, ganharmos a tal da autoridade pelo furo jornalístico? Para sermos reconhecidos como jornalistas sérios e confiáveis? Ou para ganhar prêmios e notoriedade pelo texto rebuscado carregado de informações? É difícil responder a essas perguntas, se eu tiver em mente as mentes alheias, os sonhos alheios. Há quem escreva para não ser esquecido, lembrar ou ser lembrado. Essência No meu caso, a leitura e o ato de escrever são uma necessidade básica, não do meu corpo, mas do que poderia chamar de alma, de essência. Escrevo para colocar ordem no caos que me habita; para afogar os meus demônios e “bulir” com os outros, provocar inquietações, agradecimentos, fazer chorar, fazer rir, fazer pensar. Transmissão Ontem (10), na transmissão do cargo, a ex-ministra da Saúde Nísia Trindade, durante discurso de despedida, divulgou suas realizações frente ao ministério, porém, já foi tarde, ela esqueceu de recorrer ao marketing político e usar as redes sociais para se comunicar. Campanha A ex-ministra da Saúde Nísia Trindade também disse ter sofrido uma campanha sistemática e misógina na desvalorização do seu trabalho, da sua capacidade e da sua idoneidade. Neste caso, foi ingênua em não criar laços com a imprensa e, repito, recorrer ao marketing político para responder aos ataques. Diferenciar Para alguns, avaliam Nísia Trindade como péssima ministra da Saúde e atuação de curto alcance, para outros, ela não soube diferenciar a Fiocruz que ajudou a alavancar com os meandros e os gargalos do Ministério da Saúde. Com o marketing político, ela teria compreendido a diferença e a definição de uma estratégia de gestão inovadora. Enfrentou Conversei pelo WhatsApp com funcionários de carreira do Ministério da Saúde com quem fiz amizade nas idas a Brasília. Todos foram categóricos em afirmar que a ex-ministra da Saúde Nísia Trindade enfrentou problemas administrativos, políticos, de percepção individual e de comunicação política porque pegou um ministério desmontado. Nísia I Segundo as fontes, no administrativo, a ex-ministra da Saúde Nísia Trindade pecou porque confiou em assessores na condução dos problemas, em especial, os secretários de outros partidos nomeados pela coalização, na percepção individual, não percebeu que esses estariam sabotando a sua gestão frente ao Ministério da Saúde. Nísia II Na política, fontes revelaram que Nísia Trindade não fez o dever de casa em receber parlamentares, eram assessores que recebiam e faziam o meio de campo. Já na comunicação política, não divulgou tudo que fez mesmo enfrentando todos os percalços da sua gestão frente ao Ministério da Saúde, deixou para fazer no discurso de despedida. Sobras O STF vai analisar, na próxima quinta-feira (13), em sessão presencial, recursos que contestam a decisão que alterou as regras de distribuição das chamadas sobras eleitorais. Neste caso, o deputado federal Eurípedes Lebrão (União Brasil) pode perder o mandato e o ex-vereador Rafael O Fera (Podemos) poderá tomar posse como deputado federal, porém, ele tem certidão? Suplente Caso o ex-vereador Rafael O Fera (Podemos) não tenha certidão para tomar posse como deputado federal na queda de Lebrão (União Brasil), o mandato cai no colo do segundo suplente, ou seja, Delegado Flori, hoje prefeito de Vilhena. Mas ele vai largar a prefeitura? Neste caso, outros suplentes podem ascender ao cargo. Sarney O ex-presidente José Sarney (MDB) concedeu entrevista ao jornal O Globo no domingo (9). Questionado sobre a possibilidade do presidente Lula (PT) tentar se reeleger em 2026, ele afirmou que “é melhor sair [da política] muito bem do que já velho”. Reboque O ex-presidente José Sarney defendeu que seu partido, o MDB, apoie a reeleição de Lula (PT) em 2026. Contudo, o MDB compõe um governo de coalizão de forças para garantir a governabilidade do governo petista, portanto, não tem obrigação de caminhar a reboque do PT nas eleições de 2026. Lula O presidente Lula (PT) ainda não confirmou se será candidato à reeleição no pleito de 2026. Caso seja, o petista terá 81 anos. Em fevereiro, Lula reconheceu que sua idade pode ser um problema para disputar a reeleição em 2026, mas admitiu a possibilidade de disputar um quarto mandato, o que representaria seis mandatos do PT à frente do Palácio do Planalto. MDB O MDB conta com uma liderança de Renan Filho, que foi prefeito, governador e, quando deixou o Governo de Alagoas, foi eleito senador com 56,12% dos votos válidos. Em seguida, tornou-se ministro dos Transportes. Um quadro bem avaliado em governança e governamentalidade que o partido dispõe para lançar na corrida pela presidência da República nas eleições de 2026. Competitivo Caso o MDB siga os conselhos do ex-presidente José Sarney de não lançar um candidato à presidência da República como fez no pleito de 2022, o partido pode definhar ainda mais na representação do Congresso Nacional, como definhou o PSDB. O partido dispõe de um nome competitivo, que é o de Renan Filho, e pode surpreender nas urnas nas eleições de 2026. Continuidade A fusão entre o PSDB e o PSD ou MDB não vingou por conta dos dirigentes partidários de Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Paraíba, Amazonas e do Rio Grande do Sul que lançaram um manifesto em defesa da continuidade da existência do partido que lutou pelas Diretas Já, implantou o Plano Real e ocupou por oito anos o Palácio do Planalto. Resultado A crise no PSDB teve seu auge após o resultado das eleições de 2024, quando o partido registrou seu pior resultado da história, sem eleger prefeitos em nenhuma capital. Fundado em 1988, a sigla nunca tinha saído de uma disputa em capitais sem prefeitos eleitos. Filiação A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que defendia a fusão entre o PSDB e PSD, depois do recuo do PSDB, oficializou ontem (10) em clima de convenção, a sua filiação ao PSD em Recife com a presença do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. Raquel também assumiu a direção estadual do partido. Expedito A convite do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, o ex-senador Expedito Júnior se fez presente ao evento de filiação da governadora Raquel Lira ao PSD na capital pernambucana. É notória a proximidade entre Expedito e Kassab, portanto, o partido deverá concorrer nas eleições de 2026 com candidatura ao Governo de Rondônia e se envolver na disputa ao Senado. Utopia Lideranças políticas da Federação PT/PCdoB/PV, MDB, PDT e PSB estão se reunindo para criar uma “Frente Progressista Popular” e lançar o senador Confúcio Moura (MDB) na disputa ao Governo de Rondônia nas eleições de 2026. É utopia pensar que vai vingar essa frente ou a esquerda obter vitória nas urnas em Rondônia diante dos últimos resultados eleitorais. Confúcio O senador Confúcio Moura (MDB) não está morto politicamente - tenho dito isso - mas para voltar a governar os destinos dos rondonienses ou continuar representá-los no Senado, faz-se necessário o MDB lançar candidatura própria à presidência da República com um nome competitivo como o do senador e ministro do Transportes Renan Filho. Inclusive, seria uma estratégia de desvencilhar o MDB do PT em Rondônia, um estado que a extrema-direita domina. Isolado No comando do PSDB em Rondônia, continua à frente o ex-prefeito Hildon Chaves, que cada vez mais vai ficando isolado nas articulações políticas para disputar o Governo de Rondônia. Mesmo presidindo a Associação Rondoniense dos Municípios – AROM, Hildon não consegue ganhar notoriedade no interior por conta da estratégia política adotada para ganhar a preferência do eleitor. Lógica O ex-prefeito Dr. Mauro Nazif (PSB) substituiu rotatórias por semáforos em vários cruzamentos de grande fluxo de trânsito em Porto Velho. O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) não alterou a lógica. Já o prefeito Léo Moraes (Podemos) determinou o retorno das rotatórias na Avenida Imigrantes e a implantação nas Avenidas Chiquilito Erse com Tiradentes. Rotatórias Os técnicos de trânsito da SEMTRAN afirmaram que a medida do retorno das rotatórias é para fluir o grande fluxo de veículos no horário de pico. Contudo, a rotatória da Imigrantes com a Jorge Teixeira (BR 319), local conhecido como Rotatória do Assaí, que fica com o trânsito congestionado em horários de maior movimento, inclusive, detém grande número de acidentes. Daí a pergunta: a substituição dos semáforos por rotatórias resolve o problema do trânsito da nossa capital? Acertou A coluna acertou novamente, o prefeito Léo Moraes (Podemos) indicou o vereador Dr. Breno Mendes (Avante) como líder do prefeito na Câmara Municipal de Porto Velho. Conhecido como “fiscal do povo”, ficará difícil para Breno, como líder do prefeito, defender os interesses do povo e do Prédio do Relógio no plenário da Casa de Leis. Sério Falando sério, escrevo para dizer que qualquer um de nós, reles mortais, assim como os que pensam que não o são, somos feitos da mesma matéria, das mesmas angústias, dos mesmos desejos, das mesmas vergonhas, das mesmas dúvidas e das mesmas inquietações. Fonte: Herbert Lins Leia Também Alan Queiroz solicita a contratação de militares para reforçar o efetivo policial no Colégio Tiradentes Ieda Chaves reforça apelo pela reforma e revitalização do Colégio Tiradentes de Jaci-Paraná Confúcio e a utopia da Frente Progressista em Rondônia; Hildon isolado; o dilema de Breno Mendes Pecuarista de Rondônia gargalha após Bolsonaro chamar mulheres petistas de “feias” e “incomíveis” Senador de Rondônia apoia ato em favor dos “reféns do 8 de Janeiro”; ex-presidente faz convocação em vídeo Twitter Facebook instagram pinterest