Fernando Máximo nega investigação em compra de testes rápidos e relata bastidores de sua pré-campanha à Prefeitura de Porto Velho

Porto Velho, RO – O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) negou qualquer envolvimento em investigações da Polícia Federal relacionadas à compra de testes rápidos durante sua gestão como secretário de Saúde de Rondônia. A declaração foi feita durante entrevista ao podcast Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira, que vai ao ar na íntegra amanhã, terça-feira (11). Trechos da conversa, no entanto, são trazidos ao público pelo Rondônia Dinâmica nesta segunda-feira (10).

Ao ser questionado sobre possíveis irregularidades na aquisição dos insumos durante a pandemia, Máximo afirmou que não é alvo de investigações. "Eu, graças a Deus, não sou indiciado, não sou investigado, meu nome nem consta na investigação", declarou. O ex-secretário admitiu que foi ouvido uma única vez pela Polícia Federal, mas apenas como testemunha. "Fui ouvido para saber se eu tinha alguma informação sobre aquela situação", acrescentou.

O deputado argumentou que sua gestão na Secretaria de Saúde envolvia milhares de servidores espalhados pelo estado. "Eu tinha 10 mil servidores sob minha tutela quando era secretário de Saúde, certo? Tem gente lá em São Francisco do Guaporé, em Vilhena, em Ji-Paraná, em Ariquemes, em tudo que é lugar do estado", pontuou, destacando a complexidade da administração da pasta.

Bastidores da pré-campanha à Prefeitura de Porto Velho

Durante a entrevista, Fernando Máximo também falou sobre os bastidores de sua pré-campanha à Prefeitura de Porto Velho em 2024. Segundo ele, a decisão de disputar o cargo foi amadurecida ao longo do tempo, influenciada por conversas com dirigentes do União Brasil e pelo clamor popular. "Comecei a entender que as pesquisas que me mostravam em Brasília tinham fundamento, porque as pessoas estavam me pedindo para ser candidato", afirmou.

O parlamentar detalhou um jantar de fim de ano do partido no qual recebeu um convite formal para concorrer. "Rueda veio falar comigo, que é o atual presidente. Naquele momento, eu falei: ‘Pode até ser que eu seja candidato, já que estou vendo as pessoas pedindo isso’", relatou. Ele mencionou que tanto Antônio Rueda quanto Luciano Bivar, líderes da sigla, participaram das tratativas e garantiram que teria legenda.

Apesar das sinalizações, Fernando Máximo acabou sendo preterido pelo União Brasil, que optou por apoiar a candidatura de Mariana Carvalho. Fora da disputa, o deputado declarou apoio ao então candidato Léo Moraes (Podemos), que acabou vencendo Mariana Carvalho no segundo turno das eleições municipais.

Construção do novo Hospital João Paulo II

Outro tema abordado na entrevista foi a construção do novo Hospital João Paulo II. Máximo relatou que, no primeiro dia de governo, ele e Marcos Rocha foram a Brasília para tratar do assunto com o Exército Brasileiro. "Nossa posse foi dia primeiro de janeiro, e no dia seguinte já estávamos em Brasília conversando com um general chamado Esquilete", disse.

Segundo o deputado, a ideia inicial era que o Exército construísse um hospital de guerra temporário, permitindo a transferência dos pacientes do João Paulo II para outro local até que a nova unidade fosse concluída. "O que eu queria naquele momento era que o Exército fizesse um hospital de guerra no estádio", explicou. O modelo acabou sendo adotado posteriormente durante a pandemia.

A entrevista completa com Fernando Máximo será disponibilizada no podcast Resenha Política, veiculado exclusivamente pelo Rondônia Dinâmica.