COLUNA FALANDO SÉRIO Fusão de PSDB e Republicanos pode lançar Hildon e Thiago Flores em 2026; Máximo disputa governo e Rocha busca Senado com apoio de Léo; e Secretário da SEJUS enfrenta deputados em sessão conturbada na ALE-RO Publicada em 19/03/2025 às 09:28 Após o fim da federação partidária com o PSDB, Cidadania quer se aproximar dos partidos de esquerda CARO LEITOR, atualmente, há três federações no Brasil, envolvendo sete partidos, válidas até 2026. Neste caso, o PT/PCdoB/PV formam a Federação Brasil da Esperança – Fé Brasil; Federação PSDB/Cidadania; Federação PSOL/Rede. Diferentemente da coligação partidária, em que os partidos funcionam como um só para a Justiça Eleitoral na corrida eleitoral, a federação funciona como um só, sem que nenhuma sigla partidária perca sua respectiva autonomia durante o período mínimo de quatro anos. Os partidos federaram no intuito de cumprir a cláusula de desempenho. Na legislação eleitoral, essa cláusula define que somente os partidos políticos que alcançarem pelo menos um dos critérios de desempenho fixados podem ter acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita em rádio e televisão. Além disso, obter no mínimo 2,5% dos votos válidos para a Câmara de Deputados, distribuídos em pelo menos 1/3 dos Estados – 9 unidades da União, com um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma; eleição de pelo menos 13 deputados federais distribuídos em pelo menos 1/3 dos Estados. Por sua vez, analisando o desempenho da Federação PSDB/Cidadania nas urnas nas últimas eleições, a opção de federar foi desvantajosa para as duas siglas partidárias. Votos No pleito eleitoral de 2018, o PSDB elegeu 29 deputados federais e o Cidadania - à época ainda se chamava Partido Popular Socialista (PPS), elegeu 8 deputados federais, correspondendo a 5,65% e 1,56%, respectivamente, dos votos nacionais para a Câmara dos Deputados. Juntos, os partidos tinham 10 senadores. Representatividade No ano eleitoral de 2022, PSDB e Cidadania decidem federar. Por sua vez, os dois partidos diminuíram sua representatividade drasticamente na Câmara de Deputados e no Senado Federal. Juntos, conquistaram 18 deputados federais, o que correspondia, à época, a 4,5% dos votos nacionais para a Câmara dos Deputados (3,02% para o PSDB e 1,47% para o Cidadania). Números Já para o Senado Federal, no pleito eleitoral de 2022, a Federação PSDB/Cidadania elegeu apenas três senadores. Esse número de senadores eleitos pertencia ao PSDB e nenhum ao Cidadania. Os números de vereadores, vice-prefeitos e prefeitos eleitos pela referida federação não foram muito diferentes nas últimas eleições municipais para ambas as siglas. Sentimento No domingo (16), em Brasília, o Diretório Nacional do Cidadania, em Convenção Nacional, aprovou o fim da federação com o PSDB por unanimidade. Os discursos das lideranças do Cidadania externalizavam o sentimento de insatisfação com as perdas eleitorais e de representatividade da sigla por conta da federação partidária com o PSDB. Contradição O presidente nacional do Cidadania, Professor Comte Bittencourt, considerou que “a federação é passado; vamos em frente, retomando o protagonismo de nossa identidade, que deve apontar para onde o Cidadania pretende caminhar”. Além disso, não descartou a possibilidade de uma federalização com outro partido. Essa última fala expõe uma contradição do sentimento interno partidário externalizado na convenção que colocou fim à federação partidária com o PSDB. PSDB O PSDB, que já vinha buscando fusão com outras siglas partidárias, a exemplo do PSD, por sua vez, não vingou, agoniza internamente na sua crise de identidade e com perdas de lideranças partidárias, a exemplo da governadora de Pernambuco Raquel Lyra, que trocou recentemente o PSDB pelo PSD. Fusão Em crise, PSDB negocia fusão com Podemos ou Republicanos com a justificativa de ganhar força na disputa eleitoral de 2026, além de mais espaço dentro do Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, o PSDB conta com 12 deputados. O Republicanos - que tem a presidência da Casa - tem 44 e o Podemos, 14. Movimentação As cúpulas do PSDB e Republicanos se reuniram ontem (12) em Brasília para discutir o assunto. Com o Podemos, a conversa está mais avançada, mas o partido é menor. Por isso, há um interesse maior do PSDB na fusão com o Republicanos. Também há a possibilidade de fusão do partido Solidariedade, que tem cinco deputados, com Podemos e PSDB. Entretanto, existem as questões locais que oferecem resistência à movimentação partidária das referidas siglas. Empurra Em Rondônia, caso o PSDB realize a fusão com Podemos, empurra o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) para os braços do prefeito Léo Moraes (Podemos). Neste caso, Hildon não fica no Podemos porque o comando da sigla deverá permanecer nas mãos do prefeito Léo. Ganhará É mais vantajosa para o ex-prefeito Hildon Chaves a fusão entre PSDB e Republicanos, principalmente por conta dos seus planos de disputar o Governo de Rondônia nas eleições de 2026. No Republicanos, Hildon ganhará mais visibilidade no interior e um forte cabo eleitoral a nível nacional, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Chaves Caso aconteça a fusão do PSDB com Republicanos a nível nacional, no efeito cascata em Rondônia, possivelmente, já traz a chapa pronta para disputar o Palácio Rio Madeira, ou seja, o ex-prefeito Hildon Chaves para governador e o deputado federal Thiago Flores para vice-governador. Neste caso, Chaves na capital e Flores do interior. Flores Por que Thiago Flores para vice-governador numa eventual chapa encabeçada por Hildon Chaves ao Governo de Rondônia? Thiago pertence aos quadros partidários do Republicanos, já foi prefeito de Ariquemes, um importante colégio eleitoral do estado, bem avaliado como gestor municipal e possui uma boa entrada no eleitorado conservador e extremista no interior, tudo que o ex-prefeito Hildon precisa. Possibilidade A imprensa noticiou a possibilidade do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) disputar o Governo de Rondônia em dobradinha com o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), que pretende disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 2026. Máximo não tem descartado a possibilidade. Apoio O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) está bem nas pesquisas de consumo interno para cargos majoritários. Com a dobradinha com o Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e apoio do prefeito Léo Moraes (Podemos), poderá se tornar um candidato majoritário competitivo e chegar ao segundo turno das eleições de 2026. Sérgio Já o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) ocupou os espaços na imprensa para reafirmar a sua disposição de concorrer à reeleição ao cargo de governador com a possível renúncia do Coronel Marcos Rocha (União Brasil) para disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 2026. A disposição de Sérgio entorna o caldo na disputa pelo Governo de Rondônia. SEJUS Por meio do requerimento 1689/2025, de autoria do deputado estadual Edevaldo Neves (PRD), o Secretário de Estado da Justiça (SEJUS), Marcus Rito, compareceu ontem (18) ao Plenário da Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre a situação atual do quadro efetivo da Polícia Penal do Estado de Rondônia, dentre outros assuntos relacionados ao sistema penitenciário. Sofrível O rito da sessão plenária presidida pelo deputado estadual Edevaldo Neves (PRD) foi sofrível para quem assistiu. Faltou a assessoria parlamentar do deputado preparar um roteiro de temas a ser tratado, bem como serem revistos e pontuados pelo parlamentar. Precisou dos pedidos de apartes do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB) e do deputado Lucas Torres (PP) para salvar o intuito da sessão. Rito O secretário da SEJUS, Marcus Rito, durante a sessão plenária na Assembleia Legislativa de Rondônia, está tão convencido que não sai do cargo, que ele afronta quem quer seja. Isso ficou notório na Casa de Leis na tarde de ontem (18), quando enfrentou e desrespeitou os deputados estaduais com a sua fala arrogante e irônica. Listou O anuário Análise Advocacia 500 - Análise Editorial, listou o advogado rondoniense Diego Vasconcelos como um dos mais admirados e influentes do Brasil. Ele possui um currículo acadêmico de excelência e uma trajetória de sucesso como professor universitário e operador do direito. Suspendeu O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) suspendeu o aumento da remuneração dos secretários municipais de Presidente Médici de R$ 5.000,00 para R$ 9.082,10. Agora eu pergunto, como encontrar bons profissionais em Finanças, Planejamento, Educação e Saúde, que queiram assumir a responsabilidade de uma pasta municipal recebendo apenas R$ 5 mil? Sinceramente, esse é o Brasil do contraditório. Sério Falando sério, os partidos no jogo do poder perderam a identidade, influência, peso político e entraram em crise quando enveredaram pelo caminho de promover negociatas e ficar de fora das corridas majoritárias, que cria projeção partidária para conquistar novos filiados e a maior escola de criar novas lideranças políticas. Fonte: Herbert Lins Leia Também Hildon e Thiago Flores em 2026? Dobradinha Máximo e Rocha; Secretário em sessão conturbada na ALE Deputado Alan Queiroz solicita recuperação emergencial de estradas vicinais afetadas pelas chuvas em Rondônia Deputado Luís do Hospital cobra soluções concretas para os servidores da saúde Mosquini fala sobre eleições 2026; Léo Moraes tem razão; Fera assume assim que o TSE decretar Léo e a 'febre' das redes sociais; só Confúcio não quer a anistia; e os furtos de energia Twitter Facebook instagram pinterest