CONFRONTOS Itamaraty orienta brasileiros a deixarem a Síria após novos conflitos e denúncias de assassinatos étnicos Publicada em 11/03/2025 às 15:26 O Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado nesta segunda-feira (10) no qual informou que não há brasileiros entre as vítimas dos novos conflitos na Síria, orientando aqueles que vivem no país a deixarem a região. Cerca de 3 mil brasileiros residem no local. O comunicado foi divulgado num contexto em que, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os recentes confrontos entre apoiadores do ex-ditador Bashar al-Assad, deposto em dezembro do ano passado, e os novos governantes do país já deixaram mais de mil mortos, a maioria civis. Nesse cenário, surgiram denúncias de tentativa de limpeza étnica. Diante do número de mortes, países como Estados Unidos e Rússia já acionaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para que tome alguma medida. "O governo brasileiro expressa forte preocupação com os incidentes violentos ocorridos, entre 6 e 9 de março, nas províncias de Lataquia e Tartus, na Síria, os quais provocaram a morte de mais de 1000 pessoas, em sua maioria civis. Ao expressar repúdio ao recurso à violência, sobretudo contra civis, o Brasil transmite condolências aos familiares das vítimas e insta as partes envolvidas ao exercício da contenção", afirmou o Itamaraty. "Reitera, ainda, sua posição em favor de transição política pacífica e inclusiva, com respeito da independência, unidade, soberania e integridade territorial da Síria. Não há registro de brasileiros entre as vítimas. O Itamaraty, por meio do portal consular, atualizou o alerta recomendando aos nacionais não viajar à Síria e, caso estejam no país, a adotar as indicações de segurança das autoridades locais", acrescentou o governo brasileiro. Segundo o Observatório Sírio, foram mortos, ao todo (até esta segunda-feira): 745 civis; 125 membros das forças de segurança sírias; 148 apoiadores de Assad. Rami Abdulrahman, chefe do Observatório, afirma que os civis mortos incluem mulheres e crianças alauitas, minoria xiita que apoiava Assad. Ele afirmou, ainda, que o número de mortos foi um dos mais altos desde um ataque com armas químicas pelas forças de Assad, em 2013, que matou cerca de 1,4 mil pessoas em um subúrbio de Damasco. Fonte: Filipe Matoso/GloboNews Leia Também Itamaraty orienta brasileiros a deixarem a Síria após novos conflitos e denúncias de assassinatos étnicos Ucrânia concorda com proposta dos EUA para cessar-fogo imediato de 30 dias com a Rússia Dieese: cesta básica fica mais cara em 14 capitais no mês de fevereiro STF vai decidir se fim da saidinha se aplica a condenados antes de lei Lula: é dever do governo garantir cenário estável para investimentos Twitter Facebook instagram pinterest