ECONOMIA Produção industrial fica estável em janeiro, após três meses de baixa Publicada em 11/03/2025 às 09:50 Após três meses de baixa, a produção da indústria brasileira apresentou variação nula na passagem de dezembro para janeiro, ou seja, não teve crescimento nem queda. O dado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o setor teve alta de 1,4%, a oitava expansão seguida nesse tipo de comparação. No acumulado de 12 meses, houve expansão de 2,9%. O resultado de janeiro deixa a indústria brasileira 1,3% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020. No entanto, a produção do parque industrial brasileiro está 15,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em maio de 2011. O índice de difusão mostra que 68,9% dos 789 produtos pesquisados apresentaram alta na produção na passagem de dezembro para janeiro. A variação nula de janeiro interrompeu três meses de queda, quando a produção encolheu 1,2%, conforme os dados abaixo: Outubro: -0,2% Novembro: - 0,7% Dezembro: -0,3% Janeiro: 0% A última vez em que a produção da indústria nacional ficou quatro meses sem crescimento foi em 2015, de setembro a dezembro, acumulando 5,6% de recuo. Espalhamento Apesar da variação nula, o gerente da pesquisa, André Macedo, ressalta como positiva a interrupção do movimento de queda e o maior espalhamento dos resultados positivos. Macedo se refere ao fato de que três das quatro grandes categorias econômicas mostraram avanço na produção: Bens de capital (máquinas e equipamentos): 1,5% Bens intermediários (utilizados para fabricar outros bens ou serviços): -1,4% Bens de consumo duráveis: 4,4% Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: 3,1% Além disso, 18 dos 25 ramos pesquisados ficaram no terreno de expansão. Entre os destaques, as principais contribuições positivas foram: Máquinas e equipamentos (6,9%) Veículos automotores, reboques e carrocerias (3%) Produtos de borracha e de material plástico (3,7%) Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%) Farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%) Produtos diversos (10%) Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,3%) Móveis (6,8%) Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5%) Alimentícios (0,4%) De acordo com André Macedo, essas atividades vêm de comportamento negativo no final de 2024, influenciadas, em grande medida, por férias coletivas neste período. “Há um movimento de maior dinamismo para a produção de janeiro de 2025 por causa da volta à produção e que elimina a perda registrada em dezembro de 2024”, explica. Indústrias extrativas Seis segmentos industriais apresentaram queda na produção. Nesse universo, se destaca a atividade de indústrias extrativas (-2,4%), que exerceu o principal impacto em janeiro e interrompeu dois meses seguidos de crescimento na produção. O gerente do IBGE aponta que a atividade de indústrias extrativas foi influenciada pelo comportamento de seus dois principais itens: petróleo e minérios de ferro. “Outro ponto importante, que deve ser considerado para explicarmos a queda deste mês, é o fato desse ramo industrial ter mostrado crescimento nos dois últimos meses de 2024. Na atividade de petróleo e gás, observa-se algumas paralisações em plataformas por conta de paradas programadas ou não”, afirma. Fonte: AGÊNCIA BRASIL Leia Também Produção industrial fica estável em janeiro, após três meses de baixa Bolsonaro recorre de decisão que negou impedimento de Dino e Zanin Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 12 milhões TJRO abre a semana com evento na comarca de Alta Floresta Oportunidades de emprego e cursos gratuitos são oferecidos pela plataforma Geração Emprego à população Twitter Facebook instagram pinterest