EDITORIAL Saudosismo x renovação: o possível retorno de figuras históricas pode frear a onda de novos nomes em Rondônia? Publicada em 15/03/2025 às 09:29 Porto Velho, RO – A política de Rondônia parece estar prestes a reviver capítulos de sua história com a possível volta de nomes que marcaram época. O casal Valdir e Marinha Raupp, assim como o ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, são figuras que, segundo colunistas como Herbert Lins e Sérgio Pires, estão sendo cogitados para retornar ao cenário eleitoral em 2026. Se confirmados, esses movimentos podem reconfigurar o tabuleiro político do estado, trazendo de volta experiências passadas e, ao mesmo tempo, desafiando as novas lideranças que emergiram nos últimos anos. Valdir Raupp, ex-senador, e Marinha Raupp, ex-deputada federal, são nomes que carregam um legado significativo na política rondoniense. Herbert Lins, em sua coluna, destacou a capacidade do casal, afirmando que “a capacidade de entrega do casal Raupp ao estado de Rondônia era acima da média da representação de bancada que temos hoje”. A possível filiação deles ao PSD, partido presidido por Expedito Júnior em Rondônia, é vista como uma jogada estratégica para fortalecer a sigla, que busca consolidar sua base no estado. O retorno do casal Raupp pode ser interpretado como uma resposta ao atual cenário político, marcado por uma renovação parcial, mas ainda carente de figuras com trânsito nacional e experiência legislativa. Valdir Raupp, por exemplo, foi um dos articuladores de emendas e projetos que beneficiaram Rondônia durante seus mandatos. Sua esposa, Marinha, também deixou marcas como deputada federal, especialmente em pautas relacionadas à educação e saúde. No entanto, o eleitorado rondoniense, que em pleitos recentes demonstrou preferência por nomes novos, pode ver esse retorno com certa desconfiança, questionando se o passado glorioso do casal será suficiente para atender às demandas atuais. Enquanto o casal Raupp é lembrado por sua atuação no Congresso Nacional, Jesualdo Pires é uma figura cuja influência se concentra em Ji-Paraná, onde foi prefeito por dois mandatos. Sérgio Pires, em sua coluna, ressaltou que Jesualdo é “sempre lembrado como um prefeito que fez uma administração histórica em Ji-Paraná”. Com 200 mil votos na última eleição para o Senado, mesmo sem recursos significativos, Jesualdo demonstrou que ainda possui uma base eleitoral sólida. Seu possível retorno, seja para a Câmara Federal ou para o Senado, pode reacender discussões sobre o papel das lideranças regionais em um estado que, apesar de crescente, ainda enfrenta desafios estruturais. Jesualdo é visto como um nome que pode unir diferentes setores da sociedade, desde o agronegócio até a educação, áreas em que atuou intensamente durante sua gestão municipal. No entanto, sua decisão de ingressar em um partido ainda é incerta, o que pode definir o rumo de sua candidatura e sua capacidade de atrair apoios. A volta de figuras como o casal Raupp e Jesualdo Pires pode ter impactos significativos na política de Rondônia. Por um lado, eles trazem consigo experiência, redes de contatos e uma base eleitoral já consolidada. Por outro, seu retorno pode ser visto como um movimento conservador, que privilegia nomes do passado em detrimento de novas lideranças que emergiram nos últimos anos, especialmente após as eleições de 2022. Além disso, a entrada desses nomes no PSD, partido que busca se fortalecer no estado, pode alterar a dinâmica partidária local. O PSD, comandado por Expedito Júnior, tem buscado ampliar sua influência, e a adesão de políticos experientes como o casal Raupp pode ser um trunfo nessa estratégia. No entanto, a conciliação de interesses dentro do partido e a capacidade de atrair eleitores mais jovens serão desafios a serem enfrentados. A possível volta de Valdir e Marinha Raupp, assim como de Jesualdo Pires, coloca Rondônia diante de um dilema: optar pela experiência de figuras consagradas ou apostar em novas lideranças que representem uma ruptura com o passado. Enquanto o casal Raupp simboliza uma era de articulação política e projetos nacionais, Jesualdo Pires representa a força das lideranças regionais e sua capacidade de transformação local. No entanto, é preciso questionar se o retorno desses nomes será suficiente para atender às demandas de um estado que, embora tenha avançado em várias áreas, ainda enfrenta desafios como a desigualdade social, a falta de infraestrutura e a necessidade de diversificação econômica. A política rondoniense precisa equilibrar a experiência do passado com a inovação do futuro, garantindo que as novas gerações tenham espaço para contribuir com o desenvolvimento do estado. Em 2026, os eleitores de Rondônia terão a palavra final. Cabe a eles decidir se o retorno de figuras históricas será o caminho para um futuro promissor ou se é hora de abrir espaço para novos protagonistas. Enquanto isso, o debate político segue aquecido, com expectativas e incertezas sobre o que está por vir. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Saudosismo x renovação: o possível retorno de figuras históricas pode frear a onda de novos nomes em Rondônia? 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