DECLARAÇÃO CONJUNTA Ucrânia concorda com proposta dos EUA para cessar-fogo imediato de 30 dias com a Rússia Publicada em 11/03/2025 às 15:21 A Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo imediato de 30 dias com a Rússia, segundo uma declaração conjunta dos dois países publicada nesta terça-feira (11). Autoridades da Ucrânia e dos Estados Unidos se reuniram na Arábia Saudita nesta terça-feira para discutir a guerra. A proposta de cessar-fogo ainda precisa ser aprovada pela Rússia e formalmente assinada pelas partes envolvidas no conflito. Durante a reunião, os Estados Unidos anunciaram que retomarão o compartilhamento de informações de inteligência e assistência de segurança à Ucrânia. Além disso, Ucrânia e Estados Unidos concordaram em concluir o mais rápido possível um acordo para a exploração dos recursos minerais ucranianos. Os detalhes do acordo ainda não foram divulgados por autoridades americanas e ucranianas, e não há prazo definido para o início do cessar-fogo, caso seja aprovado pela Rússia. A negociação foi elogiada pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Ele afirmou que a proposta de cessar-fogo dá garantias de segurança ao país por terra, água e mar. Ainda segundo Zelensky, a Ucrânia propôs que o acordo possibilite a troca de prisioneiros civis e militares, além da devolução de crianças ucranianas que foram levadas à força pela Rússia. "A Ucrânia está pronta para aceitar esta proposta — nós a vemos como um passo positivo e estamos prontos para isso. Agora, cabe aos Estados Unidos convencer a Rússia a fazer o mesmo. Se a Rússia concordar, o cessar-fogo entrará em vigor imediatamente", afirmou. Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que autoridades americanas devem conversar com a Rússia entre esta terça-feira e quarta-feira (12). Ele também disse que pode convidar Zelensky para um encontro na Casa Branca. Enquanto isso, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que a Ucrânia deu um passo positivo no conflito e disse esperar que a Rússia tenha a mesma postura. Segundo ele, o prazo de 30 dias poderá ser prorrogado por mais tempo. O encontro A reunião entre autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia ocorre 11 dias após os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky baterem boca na Casa Branca. A discussão começou depois que o líder ucraniano questionou uma declaração do vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. Na ocasião, Trump afirmou que Zelensky estava apostando com a vida de milhões de pessoas e sugeriu que ele estaria disposto a correr o risco de provocar uma Terceira Guerra Mundial. O presidente ucraniano também foi chamado de ingrato por Vance. Após o desentendimento, Zelensky deixou a Casa Branca sem assinar um acordo que permitiria aos Estados Unidos explorarem minérios na Ucrânia. O tratado é considerado essencial para a manutenção do apoio americano ao país. Nas horas seguintes, Zelensky fez uma série de acenos para Trump e aos Estados Unidos. A tentativa de reaproximação resultou no encontro entre Ucrânia e Estados Unidos desta terça-feira. Poucas horas antes da reunião, a Ucrânia lançou um grande ataque de drones contra Moscou. O bombardeio deixou três mortos e 17 feridos, provocou incêndios e levou à suspensão temporária das atividades em quatro aeroportos da capital russa, segundo autoridades locais. Declaração conjunta entre EUA e Ucrânia "Hoje, em Jeddah, Arábia Saudita — sob a graciosa hospitalidade do Príncipe Herdeiro Mohammed bin Salman — os Estados Unidos e a Ucrânia deram passos importantes para restaurar uma paz duradoura na Ucrânia. Representantes de ambas as nações elogiaram a bravura do povo ucraniano na defesa de sua nação e concordaram que agora é o momento de iniciar um processo rumo a uma paz duradoura. Fonte: G1 Leia Também Ucrânia concorda com proposta dos EUA para cessar-fogo imediato de 30 dias com a Rússia Dieese: cesta básica fica mais cara em 14 capitais no mês de fevereiro STF vai decidir se fim da saidinha se aplica a condenados antes de lei Lula: é dever do governo garantir cenário estável para investimentos Afastamentos por transtornos mentais aumentam 67% em dez anos Twitter Facebook instagram pinterest