Nego Di diz ter sido enganado e se defende após condenação: “Lesaram pessoas através de mim”

Após ser condenado a 11 anos e 8 meses de prisão por estelionato, o influenciador e ex-BBB Nego Di quebrou o silêncio em sua primeira entrevista, concedida ao Domingo Espetacular, da RecordTV. Ele afirmou que também foi vítima de engano e responsabilizou o ex-sócio, Anderson Bonetti, pelas fraudes envolvendo a loja virtual Ta di Zuera. Com informações do site Terra.

A decisão judicial, proferida no dia 10 de junho pela juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas (RS), envolve 16 vítimas lesadas após comprarem produtos como iPhones, televisores e ar-condicionados com preços abaixo do mercado e que nunca foram entregues. A empresa recebeu mais de R$ 5 milhões, e os valores não foram estornados. Ambos os envolvidos foram condenados, mas apenas Anderson segue em prisão preventiva. Nego Di responde em liberdade mediante medidas cautelares, como a proibição de usar redes sociais.

“Ele é um estelionatário profissional, não é um amador”, declarou Nego Di ao comentar sobre Anderson. Apesar de ter promovido a loja como sua nas redes sociais, o influenciador agora afirma que nunca chegou a assinar contrato como sócio. “Eu dizia que a loja era minha porque acreditava no projeto. Eu estava sendo enganado também”, explicou.

Nego Di reconheceu que sua imagem ajudou a impulsionar as vendas da empresa e lamentou o prejuízo causado. “Tenho consciência que, através de mim, um estelionatário enganou pessoas. Sinto a dor delas porque venho do mesmo lugar”, declarou. Sobre ressarcir as vítimas, afirmou que está sem renda: “Hoje vivo de vento. Minhas contas foram bloqueadas, o restaurante fechou e sou sustentado pela minha esposa.”

O ex-BBB também comentou outra polêmica envolvendo seu nome: a suposta doação de R$ 1 milhão para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Após rastreamento, o Ministério Público encontrou apenas R$ 100 enviados. “Foi criada uma peça simbólica de R$ 1 milhão. Combinei com os organizadores da vakinha que pagaria o valor em parcelas, mas fui preso antes. Não fiz nada escondido”, justificou.