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EDITORIAL

Lula sai “das cordas” com o Tarifaço de Trump: Confúcio pode se inspirar e fazer do embate sua reentrada no ringue eleitoral?

Publicada em 26/07/2025 às 09:52

Porto Velho, RO – O governo dos Estados Unidos confirmou para a próxima sexta-feira, 1º de agosto, o início da tarifa de 50% sobre uma extensa lista de produtos brasileiros, com impacto direto no agronegócio. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, ocorre em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil, acusado por tentativa de golpe de Estado. Nos bastidores diplomáticos, a Casa Branca já teria sinalizado que a tarifa poderia ser suspensa ou amenizada caso o processo contra Bolsonaro fosse arquivado.

A retaliação americana encontra respaldo em interlocutores bolsonaristas nos EUA, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que passou a atuar abertamente nos bastidores de Washington, inclusive em conversas com aliados de Trump. A narrativa difundida por esses grupos sugere que as instituições brasileiras estariam sendo instrumentalizadas para perseguir o ex-presidente, tese que ganhou eco em setores da extrema-direita americana e culminou na pressão tarifária.

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Enquanto o governo federal tenta mitigar os danos e aciona mecanismos de defesa na Organização Mundial do Comércio, o setor produtivo reage com apreensão. A cadeia agroindustrial teme prejuízos bilionários com o novo custo imposto às exportações. A Embraer pode ver contratos anulados. Fabricantes de fertilizantes e defensivos já relatam cancelamentos. E produtores de suco de laranja e carne bovina projetam retração de demanda. São Paulo e Santa Catarina, estados com forte base no setor, estão entre os mais atingidos.

A medida adotada por Trump acabou tendo efeito colateral para os próprios bolsonaristas. Ao tentar promover uma reação internacional contra o governo brasileiro, parte da direita criou um ambiente que fortaleceu politicamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após meses desgastado por denúncias envolvendo fraudes no INSS e debate sobre o IOF, Lula reassumiu o protagonismo em um embate onde o inimigo externo passou a ser mais visível que as divisões internas. Na lógica do embate simbólico, passou a representar a defesa da soberania contra pressões externas, algo que elevou seus índices de aprovação nas últimas semanas.

No Congresso Nacional, a reação à tarifa de Trump não foi unânime. A bancada federal de Rondônia, por exemplo, manteve silêncio quase absoluto sobre o tema, com exceção do senador Confúcio Moura (MDB), que se manifestou publicamente contra o aumento tarifário. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Confúcio criticou duramente a medida americana e alertou para os prejuízos ao setor produtivo. “Sou totalmente contra esse tarifaço imposto pelo presidente americano ao Brasil! Vai prejudicar a cadeia produtiva, encarecer carne, café, milho e outros alimentos — e pesar no bolso do nosso agro!”, declarou.

Isolado entre os parlamentares rondonienses, o senador se colocou como defensor do setor que sustenta boa parte da economia do estado. Em momentos de tensão internacional como o atual, a postura de Confúcio pode abrir espaço para reposicionamento político de olho nas eleições de 2026. Ele não esconde de interlocutores a possibilidade de disputar novamente o Governo de Rondônia.

Caso leve adiante essa intenção, a postura firme contra os interesses geopolíticos de Trump e da ala bolsonarista pode se converter em capital político em segmentos do agronegócio e entre setores empresariais sensíveis às exportações.

Ainda assim, a disputa pelo Executivo rondoniense tende a ser marcada pela polarização ideológica. Nos últimos pleitos, candidatos com perfil mais à direita dominaram o debate eleitoral. Em um estado onde o bolsonarismo mantém base sólida, a ligação de Confúcio com o governo Lula pode representar obstáculo considerável, ainda que sua trajetória como ex-governador e parlamentar experiente lhe dê visibilidade.

Resta saber se sua atuação isolada contra o tarifaço será suficiente para mobilizar em torno de si justamente o eleitorado que tende a ser diretamente prejudicado pelas medidas impostas por Trump — ou se, mesmo diante de um prejuízo concreto, esse segmento continuará alinhado ao discurso conservador que o levou à vulnerabilidade.

Com a aproximação da eleição e a permanência da tarifa em vigor, o posicionamento de parlamentares sobre o tema poderá influenciar o cenário regional. Confúcio Moura, por ora, ocupa sozinho esse espaço.

Se isso será suficiente para impulsionar uma candidatura ao governo, ou se o isolamento político local vai pesar mais do que a coerência no debate público, é o que as urnas dirão.

Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica

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