“CAÇA AS BRUXAS” Marcos Rogério repercute fala de Trump e diz que tentativa de barrar Bolsonaro é “verdadeiro golpe à democracia” Publicada em 09/07/2025 às 11:26 Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério (PL-RO) utilizou a tribuna do Senado na tarde de terça-feira, 8 de julho de 2025, para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em reação à recente declaração de apoio feita por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos. Rogério classificou a fala do republicano como um “alerta internacional” e criticou a resposta do governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à manifestação do político norte-americano. Durante seu discurso, inicialmente voltado ao debate sobre a legalização dos jogos no Brasil, o senador mudou de foco ao abordar a repercussão da declaração de Trump. Segundo Rogério, “o Presidente Trump comparou o que Bolsonaro está enfrentando com aquilo que ele próprio viveu nos Estados Unidos”, acrescentando que o norte-americano “afirmou, com todas as letras, que o Brasil está fazendo uma coisa terrível no tratamento que está dando ao ex-Presidente Jair Bolsonaro”. De acordo com o parlamentar, a fala de Trump foi clara ao isentar Bolsonaro de responsabilidade criminal: “Ele [Trump] disse mais: ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo seu povo.” Ainda segundo Marcos Rogério, o ex-presidente dos EUA “reforçou que Bolsonaro não é culpado e pediu que o deixem em paz”, sugerindo que o julgamento político deve ocorrer “pelas urnas, e não pelos tribunais”. Ao rebater as críticas feitas por Lula à fala de Trump — em que o presidente brasileiro afirmou que o americano não deveria "dar palpite sobre a nossa vida" —, Rogério argumentou haver uma “incoerência” no posicionamento do atual governo. “O mesmo Governo que buscou socorro lá fora agora diz que não admite palpite”, disse, em referência a ações do Partido dos Trabalhadores junto a organismos internacionais durante os processos judiciais envolvendo Lula e o impeachment de Dilma Rousseff. Rogério afirmou que houve mobilização internacional por parte do PT em episódios passados: “Naquela época, o PT correu o mundo pedindo ajuda internacional; recorreram ao Comitê de Direitos Humanos da ONU; Celso Amorim criou um comitê internacional só para divulgar informações no exterior sobre a prisão de Lula; pediram missão de observação ao Parlamento Europeu; fizeram vídeo para a Al Jazeera pedindo o apoio do mundo árabe; tentaram até o Nobel da Paz.” O senador afirmou ainda que há uma diferença fundamental entre os processos enfrentados por Lula e Bolsonaro. Segundo ele, “no caso de Lula, foi uma condenação e prisão por crimes de corrupção, fraude, desvio de dinheiro público, rombo nas estatais”, enquanto “o que nós temos no caso Bolsonaro não é acusação de corrupção, não é acusação de desvio de dinheiro público, são acusações fabricadas, narrativas construídas... para justificar uma condenação política.” Para Marcos Rogério, o objetivo das acusações seria impedir uma nova candidatura de Bolsonaro em 2026. “Querem tirar Bolsonaro do jogo eleitoral de 2026, querem impedir Bolsonaro de ser candidato à Presidência da República. Aqui está o verdadeiro golpe à democracia”, disse. E completou: “A maior expressão da democracia é o direito de votar e de ser votado.” O pronunciamento recebeu apartes de apoio dos senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Magno Malta (PL-ES). Amin também criticou o que chamou de “memória seletiva” do governo Lula ao relembrar a atuação do presidente em outros países: “Na semana passada, todos nós assistimos à cena do Presidente Lula clamando pela libertação de uma pessoa condenada pelo Judiciário da Argentina... mas, se o Presidente dos Estados Unidos faz um comentário que tem eco... aí é interferência.” CONFIRA: O senador de Rondônia reforçou esse argumento, mencionando a operação do governo brasileiro para buscar a ex-primeira-dama do Peru: “O que houve ali foi uma extração, mas aí não é interferência na soberania nacional do país vizinho.” O discurso de Marcos Rogério também foi interrompido por uma homenagem feita por Magno Malta, que aproveitou a ocasião para parabenizá-lo pelo aniversário celebrado no dia anterior. Durante o aparte, Malta reiterou críticas ao governo, ao Supremo Tribunal Federal e às ações internacionais do presidente Lula, referindo-se a elas como “interferências seletivas”. Ao final de sua fala, o senador rondoniense concluiu: “O Brasil precisa de coerência, e não de teatro político; de Justiça, e não de perseguição seletiva.” Dez frases mais polêmicas do discurso de Marcos Rogério sobre Bolsonaro e Trump 01. "Bolsonaro está sendo alvo de uma caça às bruxas e de perseguição política." O senador afirma que o ex-presidente enfrenta uma ofensiva judicial com motivações políticas. 02. "Trump afirmou, com todas as letras, que o Brasil está fazendo uma coisa terrível no tratamento que está dando ao ex-Presidente Jair Bolsonaro." Cita a declaração do ex-presidente dos Estados Unidos como denúncia internacional. 03. "Ele [Trump] disse mais: ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo seu povo." Reforço à defesa feita por Trump, atribuindo caráter patriótico à atuação de Bolsonaro. 04. "O mesmo Governo que buscou socorro lá fora agora diz que não admite palpite." Crítica ao governo Lula por condenar a fala de Trump após ações semelhantes no passado. 05. "Isso não é defesa da soberania nacional; isso é seletividade ideológica, isso é hipocrisia." Classifica a reação oficial à fala de Trump como contraditória e partidária. 06. "No caso de Lula, foi uma condenação e prisão por crimes de corrupção, fraude, desvio de dinheiro público." Compara os casos de Lula e Bolsonaro, destacando acusações criminais apenas contra o petista. 07. "O que nós temos no caso Bolsonaro não é acusação de corrupção [...] são acusações fabricadas, narrativas construídas..." Declara que os processos contra Bolsonaro são artificiais e sem base legal. 08. "Querem tirar Bolsonaro do jogo eleitoral de 2026." Alega que o objetivo seria impedir a candidatura de Bolsonaro à Presidência. 09. "Aqui está o verdadeiro golpe à democracia." Sugere que a tentativa de barrar Bolsonaro judicialmente seria um atentado ao regime democrático. 10. "O Brasil precisa de coerência, e não de teatro político; de Justiça, e não de perseguição seletiva." Encerramento com crítica ampla ao governo e ao Judiciário, pedindo isonomia no tratamento político e jurídico. Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica Leia Também Eyder Brasil homenageia cerca de 400 jornalistas com voto de louvor Feira de Espigão começa hoje, com apoio do deputado Cirone Deiró Marcos Rogério repercute fala de Trump e diz que tentativa de barrar Bolsonaro é “verdadeiro golpe à democracia” Ação do deputado Ezequiel Neiva beneficia trabalhadores e motoristas no acesso ao frigorífico TRE de Rondônia aplica multa a Mariana Carvalho por omitir perfil no TikTok no registro de candidatura Twitter Facebook instagram pinterest