TARIFAS SEVERAS Rússia desdenha de ameaças de Trump para endurecer sanções: "Desenvolvemos imunidade" Publicada em 30/07/2025 às 16:04 O Kremlin afirmou nesta quarta-feira (30) que a Rússia "desenvolveu imunidade" a sanções econômicas, um desdém às ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar "tarifas severas" de 100% ao país caso a guerra na Ucrânia não acabe até 8 de agosto. “Vivemos sob uma enorme quantidade de sanções há bastante tempo. Nossa economia funciona sob um grande número de restrições. Por isso, é claro que já desenvolvemos uma certa imunidade em relação a isso”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Segundo Peskov, essa "imunidade" viria a partir de uma "longa experiência" que a Rússia adquiriu ao longo dos anos para lidar com sanções econômicas do Ocidente, que se intensificaram amplamente após tropas russas invadirem a Ucrânia em fevereiro de 2022. Na terça-feira, Trump afirmou que a Rússia teria apenas 10 dias para encerrar a guerra na Ucrânia, senão os EUA começariam a impor tarifas de 100% sobre a Rússia e sanções econômicas sobre seus parceiros comerciais. A fala oficializou a redução do prazo anteriormente dado pelo líder americano ao governo russo, de 50 dias, por conta de uma "decepção" de Trump com o presidente Vladimir Putin. (Leia mais abaixo) Peskov afirmou que a Rússia continua acompanhando todas as declarações de Trump sobre o tema. Já a porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova, classificou a ameaça de Trump como “rotineira” e disse que o Ocidente ainda não entendeu que sanções econômicas não funcionam contra o país. “Vemos que o Ocidente simplesmente não consegue abandonar a questão das sanções. Parece que estão presos nesse ciclo. (...) Aparentemente, não restam outras opções — elas se esgotaram. Estamos respondendo e tomando medidas para neutralizar tudo isso ou até mesmo transformar em vantagem para nós”, disse Zakharova em entrevista coletiva em Moscou. Desde o início da guerra, em março de 2022, os EUA impuseram uma série de sanções econômicas à Rússia, o que dificultou o comércio entre os dois países. Por causa disso, segundo a Casa Branca, os russos não foram incluídos no tarifaço anunciado por Trump em abril. Apesar das restrições, os dois países ainda mantêm relações comerciais. Em 2024, o comércio bilateral somou US$ 3,5 bilhões, com a compra e venda de produtos como fertilizantes, metais e até combustível nuclear, segundo dados do Escritório do Representante Comercial dos EUA. Fonte: G1 Leia Também Rússia desdenha de ameaças de Trump para endurecer sanções: "Desenvolvemos imunidade" Corregedoria do TRT-14 destaca atuação do Cejusc de 1º Grau durante correição Lei Magnitsky: governo Trump diz que objetivo é provocar uma mudança positiva de comportamento, não punir Coreia do Norte fornece 6.5 milhões de projéteis a Rússia, diz Ucrânia Trump oficializa tarifaço contra o Brasil: entenda os principais argumentos Twitter Facebook instagram pinterest