ELEIÇÕES 2026 Em entrevista como pré-candidato ao Governo, Hildon diz que sofre “bullying” por ser honesto e revela convite a Fúria para ser seu vice Publicada em 26/08/2025 às 09:46 Porto Velho, RO – Em entrevista concedida ao podcast Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira em parceria exclusiva com o Rondônia Dinâmica, o ex-prefeito de Porto Velho e presidente estadual do PSDB, Hildon Chaves, reafirmou sua pré-candidatura ao governo de Rondônia e concentrou suas falas em polêmicas recentes envolvendo alianças, críticas ao meio político e boatos sobre sua trajetória pessoal. “A minha situação é muito confortável. Eu não tenho absolutamente nada a perder nesse processo”, declarou, ao confirmar que a disputa para o Palácio Rio Madeira é irreversível e que não pretende concorrer ao Senado. Um dos pontos de maior repercussão foi a revelação de que ele convidou o prefeito de Cacoal, Adaílton Fúria, do PSD, para ser seu vice. Segundo Hildon, a proposta consistia em cumprir um mandato de governador, deixando espaço para que Fúria buscasse a reeleição em 2030, enquanto ele se lançaria candidato ao Senado. “O meu sonho sempre foi ir para o Senado. Eu disse a ele: você vem como meu vice, eu cumpro um mandato, você vai buscar a reeleição e eu vou para o Senado”, relatou. Fúria, segundo ele, não aceitou claramente, o que levou Chaves a interpretar como uma negativa. A entrevista também abordou convites formais feitos a outras lideranças, entre elas a deputada federal Sílvia Cristina, que recebeu proposta do próprio Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, para compor a chapa ao Senado. Hildon confirmou ainda que tem mantido diálogo com prefeitos do interior, como Jesualdo Pires, e que as negociações para vice e Senado devem ser concluídas em até dois meses. “Nosso plano é fechar a chapa ainda neste ano, pendentes apenas as nominatas de deputados estaduais e federais”, explicou. Outro trecho polêmico foi quando Hildon afirmou sofrer “bullying” no meio político por não aceitar determinados acordos considerados comuns nos bastidores. “As pessoas do meio político não gostam de mim porque a gente faz a coisa certa e tem determinados acordos que a gente não aceita”, disse, acrescentando que isso lhe causou dificuldades na prefeitura, mas garantiu recursos para os projetos executados. Ele destacou que não pretende chegar ao governo “a qualquer custo”: “Se pra eu ser governador eu tiver que vender a minha alma, eu prefiro não ser”. Questionado sobre críticas de que não teria base no interior, Hildon citou a região Madeira-Mamoré (Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias e Itapuã) como área de forte influência, representando cerca de 40% do eleitorado. “Talvez as pesquisas ainda não reflitam os movimentos no interior, mas nós vamos andar. O primeiro turno é a paixão, o segundo turno é a razão”, disse. Ele lembrou que começou sua primeira eleição com apenas 1% das intenções de voto e hoje aparece com cerca de 11% em levantamentos estaduais. A entrevista também trouxe à tona boatos de que ele teria pensado em abandonar a política e viver nos Estados Unidos. Hildon negou a versão e considerou a história “mentira”. Explicou que, em 2020, havia decidido não disputar a reeleição para a prefeitura por desgaste com a máquina pública, mas acabou sendo convencido pelo grupo político a entrar na disputa no último dia do prazo. “Nunca falei que ia embora para os Estados Unidos, embora eu tenha casa lá há muitos anos”, afirmou. No campo das propostas, destacou sua experiência como gestor da capital, onde, segundo ele, foram pavimentados mais de 800 km de ruas e a educação saiu das últimas posições nacionais para o quinto lugar entre capitais. “Eu governei por oito anos o segundo maior orçamento do estado. Porto Velho é maior que Sergipe e Alagoas em população. Isso é experiência concreta”, disse, comparando a situação a escolher entre dois pilotos, um novato e outro experiente. Hildon reforçou que o agronegócio será a prioridade de sua plataforma, com foco na industrialização de grãos e expansão da infraestrutura rodoviária. Ele citou a necessidade de novas estradas estaduais e vicinais para o escoamento da produção de soja e milho, criticando o gargalo enfrentado durante o período chuvoso. Também defendeu investimentos em indústrias ligadas à agropecuária, como produção de ração e processamento de frango. “Nós temos que industrializar o que nós temos aqui”, afirmou. Na parte final da entrevista, o ex-prefeito falou sobre sua trajetória pessoal e empresarial, lembrando que construiu com a esposa, Ieda, uma instituição de ensino superior que chegou a empregar 1.300 pessoas e foi vendida a uma das maiores empresas do setor no país. Relatou ainda os desafios da administração pública, que chegaram a lhe causar problemas de saúde: “É por isso que eu coloquei dois stents, de tanta raiva que eu passei”. Apesar das polêmicas, Hildon encerrou destacando a importância de iniciar cedo o processo eleitoral em função da extensão territorial do estado e afirmou que sua candidatura representa uma alternativa sólida dentro da reorganização do PSDB. “Quem é manco parte cedo”, resumiu, repetindo um ensinamento do pai para justificar a largada antecipada na disputa. Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica Leia Também Alan Queiroz propõe treinamento para garantir atendimento inclusivo no transporte público estadual Em entrevista como pré-candidato ao Governo, Hildon diz que sofre “bullying” por ser honesto e revela convite a Fúria 4º Torneio de Pesca Esportiva teve apoio do Deputado Estadual Cássio Gois Carla Redano pode ser vice de Hildon; se Cassol concorrer, Fúria sai fora; e Breno foi desrespeitado Sílvia Cristina entrega R$ 100 mil para o Centro Social Madre Mazzarello realizar projeto com crianças e adolescentes Twitter Facebook instagram pinterest