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OPINIÃO

Em nome de Bolsonaro, Marcos Rogério cobra que Lula se sujeite a chantagens de Donald Trump

Publicada em 14/08/2025 às 10:16

Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério (PL-RO) resolveu dar ao presidente Lula um manual de “como negociar com os Estados Unidos”. Em entrevista, acusou o governo de estar “de braços cruzados” diante do tarifaço de 50% imposto por Donald Trump contra produtos brasileiros, um mercado de cerca de US$ 40 bilhões anuais -- e que pode afetar inclusive o estado de Rondônia diretamente --, boa parte em itens de alto valor agregado. Na sua avaliação, “o presidente americano já disse quais são os termos da negociação” e Lula, sequer, teria telefonado para o republicano.

Pois bem: vamos traduzir o que está por trás dessa frase aparentemente pragmática. Esses “termos” não são ajustes sobre volume de exportações, cotas ou certificações sanitárias. Segundo análises e reportagens, a exigência central de Trump é política — e interfere diretamente na soberania brasileira: aliviar ou até travar processos que podem levar Jair Bolsonaro à prisão. Não custa lembrar: o ex-presidente já está inelegível e é acusado pela PGR de tentar um golpe de Estado.

E há um elemento ainda mais constrangedor que Rogério prefere ignorar. Quem está hoje nos Estados Unidos atuando, segundo suas próprias declarações, para influenciar a Casa Branca na imposição de tarifas contra o Brasil é ninguém menos que Eduardo Bolsonaro, deputado federal do PL e filho do ex-presidente. Muitos juristas e analistas veem essa conduta como um caso típico de crime de lesa-pátria.

 
 
 
 
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Ao exigir que Lula “sente-se à mesa” com Trump, Marcos Rogério está, na prática, cobrando que o Brasil aceite negociar sob os termos de uma chantagem explícita. E não qualquer chantagem: uma que envolve a proteção de um aliado político acusado de atentar contra a democracia brasileira. Isso não é defesa da economia nacional; é submissão travestida de pragmatismo.

O governo, por sua vez, adotou outra rota: acionar mecanismos da OMC, articular com parceiros internacionais e lançar um pacote interno de R$ 30 bilhões para mitigar impactos. É mais lento? Sim. É mais difícil? Também. Mas preserva um patrimônio que não pode ser colocado na mesa de barganha: a independência e a soberania do país.

Quando um senador eleito defende que o Brasil ceda a pressões estrangeiras para proteger um investigado por tentativa de golpe, o problema não está na diplomacia “lenta” de Lula, mas no entendimento de alguns sobre o que significa, de fato, defender “a pátria”. Porque se o preço para manter um mercado aberto é livrar Bolsonaro da cadeia, talvez a pergunta que o país precise fazer não seja “por que Lula não ligou para Trump?”, mas “por que ainda há quem ache aceitável vender a soberania brasileira tão barato?”.

Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica

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