Justiça Justiça Itinerante atende etnia Kaxarari na Ponta do Abunã em Rondônia Publicada em 18/09/2025 às 11:55 A Operação Justiça Rápida Itinerante, do Poder Judiciário de Rondônia, realizou 78 audiências de conciliação na aldeia indígena Kawapu, da etnia Kaxarari, zona rural do distrito de Extrema de Rondônia, a cerca de 330 quilômetros da sede da comarca de Porto Velho. A operação está na região desde o último dia 15, com atendimentos já feitos em Nova Califórnia e Extrema. Os distritos de Vista Alegre e Abunã também recebem a equipe da Justiça até a próxima sexta-feira. O juiz Pedro Sillas de Carvalho coordena a operação, que também tem atuação do defensor público Raimundo Catanhede e do Ministério Público Estadual. O Tribunal Regional Eleitoral também participa da mobilização na terra indígena, com a emissão de títulos e cadastramento de biometria dos eleitores da aldeia. Damásio Rodrigues buscou atendimento da Justiça para retificar um erro em sua certidão de nascimento. Ele quer que o nome da etnia da mãe conste no seu documento. O procedimento pode parecer simples, mas só pode ser realizado após uma decisão judicial. Após a análise dos documentos, ele passou a se chamar Damásio Kaxarari. Para a servidora Marinalda Lopes, que coordena a equipe do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), responsável pela ação, a ida até a comunidade fortalece os vínculos do Poder Judiciário com as pessoas que são atendidas, pois, para o poder público o esforço de ir até locais de difícil acesso é infinitamente menor do que seria para as pessoas fossem até a cidade para resolver as questões. Cultura fortalecida Uma das demandas mais comuns, dentre as resolvidas durante a operação na aldeia, é relacionada à registro civil, como a mudança para inclusão do nome indígena na certidão de nascimento, pois, no passado, muitas vezes, na hora de realizar o registro os cartórios evitavam utilizar os nomes tradicionais das etnias por desconhecimento. Segundo o cacique Valdemir Kaxarari, isso fortalece a cultura do seu povo, pois evidencia no nome de qual nação indígena eles fazem parte. Para ele, é uma valorização da história das pessoas que vivem nas 9 aldeias que fazem parte do território, que está a cerca de 30 quilômetros da BR-364. Para chegar até lá, uma estrada em más condições dificulta, ainda mais, o acesso dos indígenas aos serviços oferecidos no núcleo urbano do distrito. Fonte: TJ /RO Leia Também Justiça Itinerante atende etnia Kaxarari na Ponta do Abunã em Rondônia Porto Velho celebra o Dia Mundial da Limpeza com estudantes em ação por uma cidade mais consciente Prefeitura de Porto Velho convoca aprovados em processo seletivo da Semusa Dino determina que PF investigue conduta de Bolsonaro durante pandemia Cidadania no trânsito é fortalecida pelo governo de Rondônia com Projeto Agente Mirim, em Porto Velho Twitter Facebook instagram pinterest