TRATADO NOVO START Putin fala em estender por um ano acordo que limita armas nucleares se EUA fizerem o mesmo Publicada em 23/09/2025 às 15:53 O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira (22) que estava pronto para estender por um ano o último acordo entre Washington e Moscou que tenta limitar o número de armas nucleares de ambos os lados se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fizer o mesmo. A fala ocorre a pouco mais de quatro meses do prazo do tratado que tenta controlar o número de armas que podem destruir o mundo, o chamado Novo Start. Até agora, Rússia e EUA não iniciaram conversas sobre a renovação ou revisão do texto, embora Trump tenha falado sobre seu desejo de fazer um novo acordo do tipo incluindo a China -ideia que Pequim rejeitou. "A Rússia está disposta, após 5 de fevereiro de 2026, a continuar respeitando as limitações quantitativas centrais previstas pelo tratado Novo Start", declarou Putin em uma reunião televisionada de seu Conselho de Segurança. Após essa data, continuou, a Rússia decidirá se vai manter as restrições. "Acreditamos que esta medida só será viável se os EUA agirem de maneira similar e não tomarem medidas que minem ou violem a proporção atual de capacidades de dissuasão", afirmou. O líder disse ainda que a Rússia está monitorando as armas nucleares e a atividade de defesa dos EUA e prestando atenção especial aos planos de Washington para reforçar suas defesas antimísseis. "Procederemos com base no fato de que a implementação prática de tais ações desestabilizadoras poderia anular nossos esforços para manter o status quo no Start", afirmou. "Responderemos de acordo." O Novo Start (que vem da sigla inglesa para Tratado de Redução de Armas Estratégicas) é o descendente direto do primeiro acordo do tipo, entre soviéticos e americanos, em 1972. Foi assinado em 2010, buscando limitar o número de bombas a 1.550 de cada lado, além de 700 meios militares para empregá-las (aviões, mísseis e submarinos). O acordo também prevê um mecanismo de verificação, embora essas inspeções tenham sido oficialmente interrompidas há dois anos. Na ocasião, pouco antes de a Guerra da Ucrânia completar um ano, Putin afirmou que não estava se retirando do tratado, mas suspendendo sua participação. Este é o último acordo de controle de armamento entre Washington e Moscou. Em 2019, os EUA se retiraram de um importante tratado de desarmamento assinado em 1987 com a Rússia sobre armas nucleares de alcance intermediário. Ao fim da Guerra Fria, o mundo tinha cerca de 70 mil ogivas nucleares, a maioria absoluta nas mãos das duas potências. Agora são 12,2 mil, segundo a Federação dos Cientistas Americanos, 87% delas com os mesmos donos -mas há novos atores no palco desde então, como Paquistão e Coreia do Norte. Putin afirmou ainda que sua proposta era de interesse dos esforços para evitar a proliferação de armas nucleares globalmente e poderia ajudar a estimular o diálogo com Washington. A oferta ocorre no momento em que a Ucrânia tenta persuadir Trump a impor sanções mais duras à Rússia. A proposta parece ser uma mudança unilateral de política por parte de Moscou, que até agora insistiu que só se envolveria com os EUA em tais assuntos se a relação geral com o adversário, prejudicada pelas diferenças sobre a guerra na Ucrânia, melhorassem. Até agora, Washington não reagiu. Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO Leia Também “Que esses lugares sejam seguros para os que ali residem”, diz Anielle sobre avanço na titulação de terras quilombolas Putin fala em estender por um ano acordo que limita armas nucleares se EUA fizerem o mesmo Filho de Netanyahu ironiza Macron por reconhecer Estado Palestino e cita territórios ligados à França Irã executou pelo menos 1.000 condenados desde o início do ano Trump fala em "excelente química" com Lula em encontro na ONU; os dois vão se reunir Twitter Facebook instagram pinterest