"AGRESSÃO" Venezuela inicia exercícios militares em ilha do Caribe em meio a tensões com os EUA Publicada em 17/09/2025 às 15:23 Em discurso na TV estatal, Vladimir Padrino López disse que o treinamento das Forças Armadas está acontecendo na ilha La Orchila, no norte do país, e que é uma resposta à "voz ameaçadora e vulgar" dos EUA. "Vai haver deslocamentos da defesa aérea com drones armados, drones de vigilância, drones submarinos (...) Vamos implementar ações de guerra eletrônica", afirmou. A TV estatal também exibiu imagens das embarcações anfíbias e dos navios de guerra deslocados para La Orchila, onde funciona uma base da Marinha venezuelana. Nicolás Maduro fala de 'agressão' dos Estados Unidos contra a Venezuela O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país está sofrendo uma "agressão" por parte dos Estados Unidos em encontro com jornalistas nesta segunda-feira (15). Em um discurso para a imprensa nacional e do exterior, cinco semanas após o começo das tensões entre os dois países, Maduro falou das ameaças que vem recebido e disse que a Venezuela está apenas exercendo seu "direito legítimo à defesa". Neste fim de semana, o presidente venezuelano convocou reservistas, milicianos e jovens alistados a comparecer em quartéis de todo o país para treinamentos de tiro. "Faz cinco semanas que a Venezuela foi ameaçada. O que fizemos nesse período? Unir, empoderar e treinar o povo venezuelano, e defender a nossa verdade. Muitos da mídia continuam classificando como tensão... Não é uma tensão. É uma agressão em todas as linhas: judicial - quando nos criminalizam -, política - com suas ameaças diárias -, diplomática e militar. E a Venezuela está, protegida pelas leis internacionais, para responder a essa agressão. Eles não estão lutando pela paz. Eles usam uma mentira como desculpa para justificar uma escalada militar e um ataque criminoso contra a Venezuela", defendeu. Nicolás Maduro em encontro com jornalistas — Foto: REUTERS No dia 19 de agosto, o governo norte-americano anunciou que iria usar "toda a força" contra o governo de Nicolás Maduro, justificou a ação como parte de uma operação contra o narcoterrorismo, e enviou navios de guerra para o Mar do Caribe. Atualmente, oito navios da Marinha dos EUA estão em áreas próximas da Venezuela. Há uma semana, o secretário de Guerra do país, Pete Hegseth, fez uma visita surpresa a um deles. Ao defender sua decisão de convocar a população para treinamentos militares, Maduro enumerou todo o arsenal mobilizado pelos EUA: "1.200 mísseis apontados para a Venezuela, um submarino nuclear, 10 jatos F-35 e, de acordo com a governadora de Porto Rico, toda a ilha pronta para invadir o nosso país". Questionado por uma repórter do jornal americano "The New York Times" sobre o ataque dos EUA, no dia 2 de setembro, contra um barco que, de acordo com Donald Trump, estava carregado com drogas, Maduro insinuou que as imagens são antigas e foram alteradas com inteligência artificial, mas não acusou o presidente americano. Respondeu que o republicano deveria "ordenar uma investigação sobre quem lhe deu esse vídeo". Sobre o cenário atual das comunicações entre seu governo e o americano, Maduro negou que exista qualquer tipo de negociações entre eles: "As comunicações foram desfeitas por eles com suas ameaças de bombas, morte e chantagem". Fonte: g1 Leia Também Venezuela inicia exercícios militares em ilha do Caribe em meio a tensões com os EUA MP questiona a constitucionalidade de decreto que suspende plano para retirada de criações de animais da Estação Soldado da Borracha Bolsonaro recebe alta hospitalar; laudo aponta câncer de pele Câmara restabelece voto secreto em PEC da Blindagem Tebet: Pec da Blindagem é risco à democracia e não interessa ao país Twitter Facebook instagram pinterest