OPINIÃO O veto de Lula à nova Ficha Limpa derruba Cassol e redefine o jogo em Rondônia Publicada em 02/10/2025 às 11:06 Porto Velho, RO – O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trechos da versão revista da Lei da Ficha Limpa produziu um efeito imediato e decisivo no panorama das pré-candidaturas ao governo de Rondônia. Com essa medida, Ivo Cassol, figura de recorrente presença nos cenários eleitorais, encontra-se juridicamente excluído da disputa — sua condenação por crimes contra a administração pública, somada à norma vetada, impede sua candidatura em 2026. Este desdobramento, confirmado por análises jurídicas e pelo noticiário político, encerra, na prática, as especulações em torno de candidaturas que dependiam de brechas ou decisões judiciais favoráveis, inaugurando uma fase de maior clareza no processo eleitoral. O veto presidencial foi determinante para afastar Cassol do tabuleiro, mantendo a rigidez da inelegibilidade para aqueles condenados por ilícitos contra a administração pública. Nesse ponto, a situação de outros políticos frequentemente citados, como o senador Acir Gurgacz, apresenta nuances distintas. Embora manchetes iniciais tenham incluído seu nome entre os atingidos, a condenação do ex-congressista está vinculada a crimes contra o sistema financeiro, e não diretamente contra a administração pública — por isso sua elegibilidade não pode ser considerada automaticamente comprometida. Sua participação em 2026 permanece em aberto, sujeita às interpretações da Justiça Eleitoral quanto aos efeitos da nova lei sobre casos antigos. A ausência de Cassol, contudo, tem efeito imediato e prático: o fim do espaço para candidaturas penduradas por recursos, liminares ou tentativas de flexibilização das regras da Ficha Limpa. O campo político de Rondônia passa a se reorganizar em torno de nomes que, pelo menos neste momento, apresentam condições jurídicas claras de disputar. Esse quadro coloca no centro da disputa perfis já reconhecidos no estado. O deputado federal Fernando Máximo, do União Brasil, aparece como um dos mais estruturados, com atuação parlamentar em Brasília e articulação consolidada no partido. O prefeito de Cacoal, Adaílton Fúria, surge como liderança emergente com base regional expressiva e discurso de interiorização. O senador Marcos Rogério, do PL, embora já tenha manifestado intenção de se concentrar na reeleição ao Senado, mantém peso político e pode ser peça-chave em qualquer rearranjo. O senador Confúcio Moura, do MDB, ex-governador, permanece como opção viável e de perfil tradicional, capaz de atrair setores moderados e até mesmo os progressistas. O ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, representa o eleitorado da capital e conserva visibilidade mesmo fora do cargo. Já o vice-governador Sérgio Gonçalves, também do União Brasil, sustenta-se pela máquina administrativa e pela proximidade com o núcleo do poder estadual. Por fim, o advogado Samuel Costa, da Rede Sustentabilidade, ainda que com menos estrutura, se destaca em embates televisivos por defender um discurso alinhado à ética e à moralização, contrastando com as dinâmicas tradicionais do tabuleiro. O Planalto, ao justificar o veto, ancorou-se em pareceres da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Justiça, reforçando que a medida buscou resguardar a moralidade administrativa e impedir a retroatividade de normas mais brandas em favor de condenados. Assim, a decisão não apenas eliminou dúvidas sobre nomes específicos, mas também consolidou o princípio de que a legislação não deve ser flexibilizada para acomodar projetos eleitorais individuais. Em Rondônia, os efeitos são concretos: Cassol, por anos presença incontornável em qualquer cenário, deixa de ser opção. E junto com ele, cessam os chamados “devaneios” de candidaturas que existiam apenas sob o fio de recursos judiciais. A disputa agora se concentra entre nomes juridicamente aptos, com musculatura política real, respaldo institucional e credibilidade formal. Deste ponto em diante, a contagem não será de hipóteses ou de candidatos suspensos por liminares, mas de capacidades reais, sem distrações. O tabuleiro está redesenhado e o elenco de protagonistas está posto: Fernando Máximo, Adaílton Fúria, Marcos Rogério, Confúcio Moura, Hildon Chaves, Sérgio Gonçalves e Samuel Costa. Cada um com suas forças, limitações e estratégias, mas todos dentro das regras claras do jogo eleitoral — ciente de que os cenários seguem sujeitos a decisões judiciais e movimentações partidárias. Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica Leia Também Pedro Fernandes trata em Brasília de manifestação da FUNAI sobre área produtiva em Campo Novo Jean Mendonça busca parcerias na SEDAM para desenvolvimento de Primavera de Rondônia O veto de Lula à nova Ficha Limpa derruba Cassol e redefine o jogo em Rondônia para o pleito em 2026 Chrisóstomo nega contradição ao minimizar Tarifaço de Trump: “Ele quer o Brasil democrático” Deputado Luizinho Goebel apresenta indicações para melhorias na Escola Dr. Oswaldo Piana em Corumbiara Twitter Facebook instagram pinterest