Café dos suruís e tuparis de Rondônia terá marca nacional da maior empresa do país

Café dos suruís e tuparis de Rondônia terá marca nacional da maior empresa do país

“Eu nunca mais fui a mesma pessoa depois de conhecer os suruís, a suavidade, o espírito empreendedor deles. Nós vamos ajudar, ensinar vocês a criar riqueza na agricultura”. A fala é do presidente da maior empresa de café do Brasil, Pedro Lima. Ele é um dos visionários líderes da empresa  bilionária 3 Corações – que faturou nada menos que R$ 4,6 bilhões em 2018, e atualmente emprega 6 mil colaboradores no país . Ele esteve em Cacoal para lançar o concurso Tribos, que vai premiar os melhores cafés em duas terras indígenas do estado:  A Terra Indígena 7 de setembro, dos suruís, e da Terra Indígena Rio Branco, dos Tuparis.

A premiação em dinheiro será para primeiro, segundo e terceiro lugares. O primeiro prêmio será de R$ 3 mil por saca e R$ 25 mil reais, o segundo lugar R$ 2 mil por saca e R$ 15 mil e o terceiro lugar R$ 1 mil por saca e R$ 10 mil. Mas esta é uma parte de um projeto maior, de fomento à produção e compra da safra dos indígenas.

O evento foi realizado no Cacoal Selva Park, e contou com a presença do vice governador José Jordan, o presidente da empresa Pedro Lima, a prefeita Glaucione Rodrigues e representantes da Secretaria de Agricultura do estado e município, Câmara Setorial do Café, Embrapa, Emater e órgãos ligados à agricultura, bem como lideranças indígenas, entre os quais o cacique Almir Suruí.

Filha de cafeicultor, e criada em meio à cultura do café e da agricultura familiar, a prefeita Glaucione Rodrigues lembrou que a cafeicultura é a segunda economia de Cacoal e que o fortalecimento desta cultura é parte histórica fundamental de Rondônia e patrimônio da população.

Morador da aldeia Lapetaña, dentro da Terra Indígena 7 de setembro, aos 25 anos Luan Suruí é cafeicultor. Herdou a cultura do pai, e dos familiares, que há 50 anos já produziam café na aldeia. “Aprendi com meu pai, e há três anos ajudo a plantar junto com outras 16 famílias que produzem ali na Terra Indígena”, contou.

Em dias de festa os indígenas costumam de vestir lembrando a cultura original. Luan usou seu melhor cocar e colar para este que foi um dia histórico. Paramentados, com cocares, pinturas e acompanhados de filhos, netos e esposas, os indígenas foram os protagonistas de um evento que é um marco do fortalecimento da cultura original e o avanço dos povos indígenas.

O presidente da Cooperativa de Produção, Desenvolvimento dos Povos Paiter Suruí de Rondônia e Mato Grosso, Henrique Suruí, também está otimista com o programa. Centenas de famílias serão beneficiadas e o projeto deve abrir caminho para comercialização de outros produtos.

Almir Suruí, que desenvolve programas de Sustentabilidade pioneiros junto ao Google, como a venda de créditos de Carbono, falou que esta será uma parceria “ambientalmente sustentável para o futuro dos indígenas”.

Autor / Fonte: Assessoria/Prefeitura

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