Os pontos positivos e negativos das candidaturas entre nove nomes lançados ao Governo de Rondônia

Os pontos positivos e negativos das candidaturas entre nove nomes lançados ao Governo de Rondônia

Porto Velho, RO – Os nomes ainda precisam ser registrados até o dia 15 de agosto, de acordo com o calendário fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mas, por ora, nove postulantes ao Governo de Rondônia já disputam espaço e buscam chamar a atenção da população.

Marcos Rocha (PSL), Maurão de Carvalho (MDB), Pedro Nazareno (PSTU), Pimenta de Rondônia (PSOL), Valclei Queiroz (PMB), Vinícius Miguel (REDE), Acir Gurgacz (PDT), Charlon da Rocha (PRTB) e Expedito Júnior (PSDB) são os cabeças de suas respectivas chapas e disputarão, voto a voto, a cadeira mais importante do Palácio Rio Madeira.

Com isso, a coluna ‘Visão Periférica’ apresenta, a partir de agora, pontos positivos e negativos relacionados a todos os candidatos.

As informações apresentadas não visam interferir na escolha alheia nem se prestam a fazer juízo de valor acerca de caráter, moral e ética.

A deliberação final que levará à pressão do indicador na tecla “Confirma” no dia 07 de outubro, data agendada para o primeiro turno, fica por conta do eleitor .

Acir Gurgacz (PDT)

Ponto positivo – O senador pedetista lidera uma das mais fortes coligações majoritárias e trouxe para o seu lado, inclusive, a turma do desafeto político Ivo Cassol, do PP. O atual governador Daniel Pereira, do PSB, desitiu de tentar reeleger-se para manter a promessa de apoio patrocinada por sua legenda ao Congressista. A aliança que o rodeia é fortíssima e entende que o empresário é a bola da vez para chefiar o Executivo a partir de 2019.

Ponto negativo – Foi condenado em fevereiro deste ano pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela prática de crime contra o sistema financeiro. Embora seu advogado Nelson Canedo garanta o registro de candidatura, a informação, por si só, já é suficiente para desidratá-lo diante de adversários, principalmente nos debates.

Vinícius Miguel (REDE)

Ponto positivo – Embora considerado cronologicamente novo, o candidato apresenta robustez curricular que, a princípio, denota maturidade, qualificação acadêmica e teórica. Aos 33 anos, é advogado, especialista em Administração Pública e doutorando em Ciência Política. É novato na cena política eleitoral, pois nunca disputou cargo político nem possui trajetória em partidos. Também conta com bom engajamento de voluntários.

Ponto negativo – Está praticamente ilhado em suas pretensões. Não dispõe de recursos do fundo partidário; carece de militância profissional para apoiá-lo e também não conta com comitês no interior do Estado.

Expedito Júnior (PSDB)

Ponto positivo – O tucano integrou o alto clero do Congresso Nacional em sua passagem pelo Senado. Foi primordial na batalha que extinguiu a famigerada CPMF e brigou junto com outras autoridades pela transposição dos servidores públicos de Rondônia aos quadros em extinção da União. Contribuiu sobremaneira para a eleição do então estreante Hildon Chaves, também peesseedebista, à Prefeitura de Porto Velho em 2016.

Ponto negativo – Carrega a eterna mácula por ter sido cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2009. A cassação e seu afastamento das atividades parlamentares foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido a acusações de compra de votos durante a campanha de 2006.

Maurão de Carvalho (MDB)

Ponto positivo – Conciliador, o presidente da Assembleia Legislativa (ALE/RO) controlou os gastos no Legislativo e auxiliou o Executivo em diversos imbróglios, inclusive financeiros, criando soluções entre Poderes.

Ponto negativo – Nunca foi unanimidade dentro do próprio partido e, no fim das contas, quase foi preterido pelo ex-governador Confúcio Moura (MDB), assim como ocorreu em eleição anterior com o senador licenciado Ivo Cassol (PP), que acabou lançando a candidatura da irmã Jaqueline em vez de apoiar suas pretensões. O racha emedebista regional pode influenciar negativamente sua postulação.

Pimenta de Rondônia (PSOL)

Ponto positivo – Leva a insistência e a perseverança a termo, já que é sua oitava candidatura em eleições. Costuma inflamar debates tirando adversários da zona de conforto. Defende pautas progressistas.

Ponto negativo – Com a sucessão de derrotas e por não ser mais um rosto novo na política, o fato de não ter ocupado qualquer cargo eletivo que seja o lançou à condição de personagem exclusivamente instigador. Sem alianças mais significativas, militância enfraquecida e economicamente desguarnecido, suas chances esbarram diante do poderosíssimo cacicado eletivo rondoniense.

Marcos Rocha (PSL)

Ponto positivo – Concorre pela legenda do popular presidenciável Jair Bolsonaro e isso, por si só, pode ser suficiente para contaminá-lo com o apoio de parte significativa entre os simpatizantes do deputado federal.

Ponto negativo – Foi secretário de Justiça na gestão do ex-governador Confúcio Moura durante período em que Rondônia experimentou diversas rebeliões e fugas em suas instituições prisionais.

Valclei Queiroz (PMB)

Ponto positivo – Se comprometeu a não formalizar alianças com lideranças e partidos espúrios.

Ponto negativo – O Partido da Mulher Brasileira (PMB) apresentou dois homens como candidato ao Governo de Rondônia e a vice, perdendo a oportunidade de trazer presença feminina a um palco estritamente masculino em 2018.

Coronel Charlon (PRTB)

Ponto positivo – Garantiu governar para o povo que, na visão dele, foi esquecido pelo governo. Se eleito, quer focar a atuação em áreas básicas como agricultura, educação, segurança, cultural e saúde. A condição de militar também o coloca junto com Marcos Rocha na rota de simpatia de pretensos eleitores bolsonaristas.

Ponto negativo – Também isolado em sua chapa puro sangue, terá de enfrentar o poderio econômico apresentado pelos atuais líderes nas pesquisas e pouco espaço para publicidade.

Pedro Nazareno (PSTU)

Ponto positivo – Se posta como alternativa aos mandatários cíclicos e garante um governo voltado aos trabalhadores.

Ponto negativo – Também terá dificuldades relacionadas à publicidade e propaganta eleitoral por conta dos parcos recursos partidários e falta de aliados.

 

Autor / Fonte: Vinicius Canova

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