Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 11/01/2020 às 11h33
O ano é eleitoral e teremos eleições municipais (prefeito, vice e vereadores) em outubro próximo. São as primeiras eleições municipais sem coligações, que foram eliminadas pela Justiça Eleitoral.
Se antes os candidatos considerados “bom de voto” eram rejeitados nos pequenos partidos, porque provocavam a desproporcionalidade entre os filiados, já consolidados, hoje eles são muito bem-vindos. Sem eles os partidos de menor poderio de voto terão dificuldades para conseguir o cociente eleitoral, fundamental na legislação eleitoral atual.
Porto Velho já tem vários pré-candidatos dispostos a enfrentar as urnas este ano, inclusive o prefeito, Hildon Chaves (PSDB). A capital é o único município com possibilidade de eleições em segundo turno, porque tem mais de 300 mil eleitores e o número mínimo é 200 mil eleitores.
Mas o assunto de hoje é relacionado as eleições deste ano, mas nas principais cidades do interior. Nenhum município de Rondônia, além de Porto Velho terá eleições em segundo turno, mas a disputa pelo comando na maioria deles promete ser ferrenha como em Ariquemes e Ji-Paraná.
Ariquemes, por exemplo, tem vários nomes em condições de concorrer à sucessão do prefeito, Thiago Flores, ainda, no PSL, que deverá buscar a reeleição. Mas o deputado estadual Alex Redano (PRB), o ex-deputado federal Tiziu Jidalías (SO), o ex-deputado estadual e ex-prefeito Lorival Amorim, também do Solidariedade e o vice-prefeito Lucas Follador (DEM) são nomes, que deverão estar à disposição do eleitorado do município.
Em Ji-Paraná a caminhada rumo ao Palácio Urupá promete empolgar as eleições. Além do prefeito Marcito Pinto (PDT), outras lideranças expressivas estariam dispostas a concorrer, dentre elas o ex-vereador Isaú Fonseca, recentemente filiado ao MDB. O PP tem pelo menos três nomes em condições de concorrer: o radialista Licomédio Pereira, o médico João Durval e o ex-deputado (federal e estadual) e ex-prefeito de Ouro Preto do Oeste, Carlos Magno.
O PSDB tem o presidente da Assembleia Legislativa (Ale), deputado Laerte Gomes como nome de ponta na lista de pré-candidatos. Caso abra mão da disputa Isaú Fonseca, que foi da maior importância no processo de reeleição de Laerte a deputado estadual em 2018 terá o apoio do presidente da Ale.
O presidente da câmara de vereadores, Affonso Cândido (DEM) também está cotado, o mesmo ocorrendo com Ari Saraiva, do PSB e o deputado estadual, Jhony Paixão (PRB) estão entre os cotados à sucessão municipal. A esposa do ex-prefeito e ex-deputado estadual Jesualdo Pires, Lilian, do PSB, que depende de decisão jurídica devido ao grau de parentesco.
A prefeita de Cacoal, Glaucione Rodrigues (MDB) já adiantou que é pré-candidata à reeleição. O adversário com maior potencial eleitoral é o deputado estadual Adailton Fúria (PSD), que disputou as eleições de 2016 com a atual prefeita. Mas ele não se posicionou, ainda, como pré-candidato. O deputado estadual Cirone Deiró (Podemos), que foi vice de Glaucione não comenta sobre a sucessão municipal. O nome do ex-prefeito Divino Cardoso, do PTB está sendo comentado para uma pré-candidatura.
A disputa pela prefeitura em Vilhena promete ser das mais concorridas. O prefeito, Eduardo Japonês (PV) é pré-candidato e não faz questão de esconder o seu posicionamento. O seu maior adversário é a Família Donadon, que durante vários anos comandou a política em Vilhena e Colorado do Oeste. Como o líder maior da família, Melki, que já foi prefeito está inelegível, sua esposa, Rosani, que também governou o município deverá ser adversária de Japonês.
O prefeito de Rolim de Moura, Luizão do Trento, do PSDB está na segunda passagem pela prefeitura e está fora das eleições deste ano. O vice-governador José Atílio Salazar (Zé Jodan), do PSL adiantou que não será candidato, porque tem outros compromissos firmados com o governador Marcos Rocha e o presidente da República, Jair Bolsonaro. O ex-vereador Jairo Beneti (SO) e o professor Rodnei Paes (MDB) são nomes em condições de concorrer.
Como o ano eleitoral, ainda, está iniciando, até as convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto) teremos muitas mudanças no quadro político do interior, mas hoje o que se comenta nos bastidores é o que foi abordado na Opinião da semana.