Por Redação
Publicada em 20/02/2020 às 10h53
Desde o início do ano, o estado de Illinois, nos Estados Unidos, passou a vender maconha legalmente. É o 11º estado americano a legalizar a venda da planta para uso recreativo, segundo o site Weed News. Com mais de 12 milhões de habitantes, este é o segundo estado mais populoso do país a permitir esse tipo de consumo, atrás apenas da Califórnia.
À época da liberação, em junho do ano passado, o governador JB Pritzker afirmou que a "iniciativa é um "exemplo de democracia" e uma mudança radical que chega com atraso a Illinois". A nova lei permitirá excluir antecedentes criminais de pessoas que sofreram processos por posse ou consumo de cannabis no estado, o que para ele é "um passo equitativo e de justiça.
De forma geral, adultos residentes no estado comprar e possuir até 30 gramas de "flor" de cannabis, juntamente com alimentos que tenham maconha na composição e pequenas quantidades de extratos altamente concentrados. Já os não residentes poderão comprar metade da quantidade.
Os consumidores pagarão até 34,75% de imposto em suas compras, dependendo da potência da cannabis, a ser atestada por laboratórios certificados pelo estado. As instituições também serão responsáveis por avaliar a presença de contaminantes na maconha.
Já em relação à licença para novos negócios, a ideia é dar preferência a pessoas de comunidades de baixa renda, que na avaliação do governo foram, até agora, as que mais sofreram com a guerra contra as drogas.
A proposta promulgada também prevê que se apaguem cerca de 770 mil registros criminais relacionados com a posse de menos de 30 gramas maconha e o encaminhamento do dinheiro arrecadado com impostos para programas de tratamento e fiscalização de drogas.
Em nível federal, a maconha continua ilegal nos Estados Unidos, mas os procuradores costumam ignorar os casos de venda que acontecem em estados que legalizaram o uso pessoal. Entre eles, além de Illinois, estão: Alasca, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Michigan, Oregon, Nevada, Vermont e Washington.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem flexibilizado a compra e importação de produtos derivados da maconha, como o óleo de canabidiol.
Foto: Kimzy Nanney