Por G1
Publicada em 14/02/2020 às 15h14
Manifestantes foram às ruas do México nesta sexta-feira (14) para protestar contra a violência de gênero no país, motivados pela morte de Ingrid Escamilla, de 25 anos, assassinada no último domingo pelo homem com quem morava.
As fotos do corpo da jovem, que foi mutilado, foram vazadas por técnicos forenses e publicadas nas capas dos tabloides mexicanos. Segundo a BBC, a Procuradoria-Geral de Justiça da Cidade do México informou que pelo menos seis pessoas estão sendo investigadas pelo vazamento das imagens.
Ativistas ao redor do país começaram, então, a postar várias fotos "bonitas" de Ingrid em redes sociais, com o objetivo de "honrar a vida e memória dela", diz a BBC.
Nos protestos desta sexta, os manifestantes foram ao Palácio Nacional, na Cidade do México, onde usaram sprays de tinta colorida em portas e escreveram palavras. Vídeos nas redes sociais mostravam mulheres reunidas gritando frases e com cartazes nas mãos. Elas pediam justiça ao presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, pela onda crescente de feminicídios no país.
Esse tipo de crime – em que mulheres são mortas por conta de seu gênero – vem crescendo no México: em 2019, foram 1.006 casos registrados; no ano anterior, foram 912, segundo a procuradoria-geral do país. Nos últimos cinco anos, o aumento no número de casos desse tipo foi de 137%.