Por Rondoniadinamica
Publicada em 14/03/2020 às 10h01
Porto Velho, RO — O governador de Rondônia Coronel Marcos Rocha (PSL) foi absurdamente irresponsável ao endossar as manifestações do dia 15 de março, neste domingo, em apoio às pautas encabeçadas pelo Planalto através da gestão do presidentre Jair Bolsonaro, este ainda sem partido.
A opinião de Rocha foi transmitida no dia 03 de março quando a ascensão do Coronavírus já havia impactado o solo brasileiro com pelo menos dois casos confirmados.
Na postagem feita após às 17h daquele dia, há quase duas semanas, o mundo já havia se deparado com os seguintes dados (as informações são do G1):
Estas eram as informações sobre o Coronavírus no dia 03 de março, quando Marcos Rocha incentiva a reunião de pessoas / G1
Na última quarta-feira (11), sobreveio o óbvio com a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarando o status de pandemia.
Levando em conta as características marcantes de contágio rápido e silencioso atribuídas ao vírus, é possível dizer, sem sombra de dúvidas, que o chefe do Executivo possui uma entre duas qualidades específicas: a) ou é negligente, e sua ignorância contumaz certamente tem o condão de causar prejuízos irreparáveis às pessoas; ou -- e aí seria bem pior --, b); sabe exatamente o que está fazendo, mas no fundo não se importa porque largou Rondônia para "Deus" administrar.
Ocorre que ele voltou atrás na sandice defendida. Ontem (13), já no fim do dia, e só após Bolsonaro desencorajar os protestos, Rocha finalmente teve ínfimo lampejo de consciência ao seguir a mesma linha: a linha do adiamento.
Embora seja possível questionar se ele faria o mesmo caso o chefe da União não tomasse a atitude antes, isto vez que o governador encarna a música do eterno João da Praia, ou seja, "aonde a vaca vai, o boi vai atrás", no mínimo temos a sentença: dos males, o menor.
Ao mandatário do Palácio Rio Madeira falta indentidade, pulso e personalidade: o transcendentalíssimo não tem poder para guiar as pastas que compõem a Administração Pública do Estado de Rondônia. Além do mais, esconder-se à sombra do presidente da República imaginando que a sociedade irá relevar passos trôpegos de quem não tem firmeza para conservar o próprio DNA na vida pública é método putrefato, já vencido. Não dá para passar quatro anos tentando sair pela tangente.
Responsabilidade, coronel! Especialmente com a vida alheia.
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