Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 30/03/2020 às 14h37
Procon – Oportuna a cobrança do presidente da Assembleia Legislativa (Ale) Laerte Gomes (PSDB/Ji-Paraná) de uma ação mais efetiva do Procon-RO contra comerciantes, que se aproveitando da situação difícil do mundo, na luta contra o coronavírus explora o povo, assustado e temeroso. Segundo Laerte estão sendo cobrados preços extorsivos de gêneros de primeira necessidade, como arroz, feijão, carne, etc., e citou, que supermercados da capital e do interior, do dia para a noite aumentaram o preço de um pacote de arroz, de cinco quilos, de R$ 13 para R$18. Laerte também pediu ações do Ministério Público (MP), que levante as denúncias e, caso comprovadas levem à Justiça.
Jesus – A situação que o mundo está enfrentando não é novidade, pois é um momento histórico, bíblico, poético, até se a opção for o humor negro. Um dos maiores sucessos sertanejos da música raiz composto por Dino Franco e Mourai, que ganhou notoriedade nas vozes de Tião Carreiro e Pardinho, “A Travessia do Araguaia” expressa bem a realidade do mundo. A letra diz que o rio Araguaia, repleto de piranhas, como o nosso Madeira era um impasse para a travessia da boiada. O velho e experiente peão, que comandava a tropa, disse ao “ponteiro”, que colocasse na água um boi velho, gordo, que foi devorado pelas piranhas enquanto o restante da boiada passava.
Jesus II – O jovem boiadeiro “ponteiro” obedeceu, mas criticou a ordem do experiente chefe na tropa, de entregar o boi velho às piranhas, para ele, um ato de crueldade. Sábio o velho peão citou uma passagem bíblica, a que Jesus, mesmo não sendo velho (33 anos), morreu na cruz para salvar a humanidade. Hoje, caso não seja encontrada uma vacina, remédio ou medicamento para evitar ou curar o coronavírus o humano irá desaparecendo do planeta, logicamente, começando pelos velhos, que já estão confinados, isolados, e eu sou um deles. Portanto é fundamental a prevenção, além de manter sempre a autoestima e a imunidade alta. E boa sorte a nós...
Oportunismo – Interessante como em momentos difíceis sempre aparecem os aproveitadores, aqueles que nunca foram motivo, para merecer uma linha com elogio ou crítica, apresentando números, dando pitacos como se fossem autoridade e especialista na área. A situação atual, quando o coronavírus colocou o mundo de quatro exige mais responsabilidade e quem busca, ou tenta esclarecer o povo e não o confundir, como está ocorrendo com boa parte da mídia brasileira, principalmente, e também nas redes sociais. Todo mundo se apresenta como se fosse o “bicho da goiaba”, mas é puro oportunismo e aproveitadores da fragilidade da população.
Perguntas – Vamos colocar algumas perguntas que necessitam de respostas e não de opiniões pessoais, pois o momento envolve a humanidade. Hoje os donos da verdade defendem, que tudo deve permanecer fechado para se evitar o avanço do coronavírus. O governo federal abriu a opção para cada Estado, município decidir, o que é muito justo pela dimensão continental do Brasil. Mesmo dentro de um Estado há condições e situações diferentes. Fechar tudo e se trancar em casa vai resolver a pandemia? Hoje o servidor público (federal, estadual e municipal) recebe o seu salário, trabalhando ou não. Mas daqui 60 dias, como não existe arrecadação, porque está tudo parado, ele vai receber como? Quem vai atender no supermercado se não tem caixa, repositor, padeiro, leiteiro, pedreiro, pintor, produtor rural, serviços de liberalidade? Não basta ter dinheiro, porque não se terá onde e o que comprar. Não há como todos trabalharem em casa.
Respigo
Ainda sobre quem não está na área de risco (idade acima de 60 anos, hipertenso, diabético e outras doenças crônicas). Eles devem ficar em casa, os demais, ao trabalho, sob risco de morrer enclausurado, sem dinheiro, porque o banco faliu, as indústrias e o comércio idem e quem guardou o dinheiro em casa não tem onde comprar. +++ É melhor morrer trabalhando, se alimentando, ao lado da família ou morrer com os cofres cheios e a barriga vazia? Coerência é o mínimo que se exige em momento tão delicado que é de vida ou morte. +++ Impressiona a impotência do mundo moderno, do computador, da comunicação online, do celular (som e imagem), drone, míssil, da informatização de quase tudo. E não aparece um cientista louco, um “Dr. Silvana” dos “Gibis” de antigamente para encontrar a cura e o remédio para o coronavírus, que vem deixando o mundo em sobressalto e em dificuldades econômica, financeira, social, e até para enterrar os seus mortos +++ A informação do Cremero (Conselho de Medicina) de Rondônia, que teremos até o início de maio próximo 500 mil pessoas contaminadas no Estado é muito questionável. É o mesmo caso das estatísticas que (x) pessoas são diabéticas e não sabem +++ Se elas não sabem, porque não são avisadas para se tratarem? Realmente tem certas coisas que nem Freud explicaria...