Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 28/03/2020 às 10h33
O mundo vive uma situação das mais difíceis com a proliferação do coronavírus, que vem matando pessoas, confinando outras e afetando o cérebro de muitos políticos preocupados, apenas com o seu mandato e não com as condições excepcionais da população. O momento exige prudência, organização, ousadia até, mas não para politicagem barata, que está custando caro para as famílias, no caso as brasileiras, devido a desinformação, quando a verdade não pode ser ignorada, por quem tem a responsabilidade de bem informar o povo.
Ninguém consegue manter uma coletividade unida com afagos e tapinha nas costas, como fazem a maioria dos políticos em períodos eleitorais. Contra o inimigo, mortal, hoje o coronavírus, são necessários atos determinados, firmes, imposição até, para poder garantir o melhor para a maioria, porque sempre teremos uma parcela de prejudicados, descontes, do contra e preocupados apenas em salvar a sua pele e não com a maioria como deve ser um regime democrático e de convivência em coletividade.
O Brasil é um país continental de regiões com modos e costumes completamente diferenciados, inclusive culturalmente. Rondônia é maior que muitos países. Na região do Conesul, por exemplo, predomina a população sulina do país. Já em Porto Velho, capital do Estado nordestinos, cariocas (a maioria militares) e ingleses foram responsáveis pelo desenvolvimento regional.
Num primeiro momento no combate ao coronavírus foram necessárias ações duras, possessivas, radicais até com o decreto de Calamidade Pública em nível nacional. Não foi necessário o Estado de Sítio, mas chegamos perto, pois em muitos municípios foi decretado o Toque de Recolher. Ou as pessoas se confinam em casa ou são detidos, presas.
Após o primeiro impacto as ações foram e estão sendo amenizadas de acordo com a realidade de cada região. Pessoas com mais de 60 anos e portadoras de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, asma, bronquite, problemas cardiovasculares, fumantes, etc.) têm que ficar em casa em situação de isolamento e não contribuir para a contaminação, além de evitar o óbito. Quem não se enquadra tem que trabalhar e com muito mais disposição, pois é necessário cobrir a ausência dos que estão impedidos de prestar serviços.
Muitos oportunistas se aproveitaram para criticar governos (federal, estadual e municipal) pelos decretos (Calamidade Pública, Emergência, Alerta, etc.), mas necessários. Foi fundamental paralisar tudo durante um período e retomar à realidade aos poucos, pois o povo faminto é como a queda de uma barragem: a água quando ganha força não há nada que impeça a destruição. É mais ou menos isso, que o coronavírus vem fazendo pelo mundo como na China, Itália, Espanha e nos Estados Unidos, dentre outros países.
Sem trabalhar, sem ter onde ganhar o seu sustento e proibido de sair às ruas, o povo desesperado ignora tudo e parte para a ignorância, como já ocorreu em várias regiões do país, com saques a supermercados, lojas. Sem alimento e faminto não é impossível o ser humano matar para comer, literalmente. Quem não se lembra, (talvez os mais jovens, não), do desastre de avião nos Andes, onde sobreviventes à queda devoraram os mortos, porque não tinham o que comer.
Estamos vivendo no Brasil a fase mais aguda do coronavírus, pelo que se sabe, através do Ministério da Saúde, mesmo com as informações distorcidas e irresponsáveis de parte da mídia, do quanto pior, melhor. Talvez esses inconsequentes se julguem um super, um híper ser humano e imortal.
A oposição é necessária, benéfica e presente em toda democracia, mas a pregação do caos é um caminho, que um dia será fechado, inclusive pela revolta da população, que não suportará mais ser direcionada de forma solerte e inconsequente.
Infelizmente o coronavírus é uma realidade. Para que ele seja contido, controlado e futuramente erradicado é necessária acima de tudo responsabilidade civil.
Jesus morreu na cruz para salvar a humanidade. Hoje muitos idosos já morreram para salvar os jovens, que devem ir para o trabalho e evitar uma revolta popular sem precedentes. O problema existe, é grave, de difícil solução, mas morrer na batalha, na luta é menos pior que morrer de inanição. Não podemos ignorar a possibilidade acabar com a pandemia com o menor número possível de óbitos.