Por TJ-RO
Publicada em 09/03/2020 às 13h49
A tranquilidade do expediente vespertino na última sexta-feira deu lugar a uma intensa movimentação dos servidores que atuam no Fórum Geral César Montenegro. Após o acionamento do alarme de incêndio, as escadas foram substituídas pelos elevadores para garantir o esvaziamento do prédio, de nove pavimentos, em menos de dez minutos. A mudança na rotina dos trabalhos dos servidores, que foram avisados para evitar pânico, é um esforço necessário para garantir que, em casos de incêndios reais, cada um saiba o que fazer no intuito de contribuir com o trabalho do brigadistas e Corpo de Bombeiros para evitar vítimas e minimizar os danos ao patrimônio público.
Quando o alarme tocou, a instrução para os servidores e magistrados foi buscar as saídas de emergência e tentar manter a calma para evitar tumulto, situação que requer a atuação de brigadistas, que auxiliam na evacuação do prédio. Logo em seguida, as unidades dos Bombeiros chegaram na Avenida Pinheiro Machado, que foi parcialmente interditada para o simulado. Os bombeiros entraram no prédio e iniciaram o trabalho de combate ao suposto fogo.
Para garantir que todas as circunstâncias fossem simuladas, coordenadores da atividade selecionaram três servidores para serem resgatados pela área externa do edifício. “Essa parte do treinamento é importante porque, em casos reais, algumas pessoas podem encontrar dificuldades para sair do prédio e acabarem cercadas pelas chamas”, explicou o major Andrade Júnior, assessor do Corpo de Bombeiros no TJRO. Por meio da escada Magirus, que permite o resgate em altura, os dois servidores foram retirados pela janela do sétimo andar do prédio, atuação que chamou a atenção de todos os presentes ao treinamento, pelo nível de complexidade.
“Em uma situação real de emergência pode haver tumulto, pessoas em pânico que passam mal, mas esta simulação já é muito importante para que todos saibam o que deve ser feito”, ressaltou o juiz auxiliar da presidência Guilherme Baldan.
Apesar da interrupção no trabalho para a simulação, servidores, que acompanharam à distância, do lado oposto da rua, destacaram a relevância da atividade. “O treinamento é importante para exercitar, na prática, as orientações que recebemos”, disse Breno Nascimento, que atua na Vara de Violência Doméstica. Para Nadjara da Cunha, a medida tranquiliza os servidores. “O alarme foi acionado no prédio e, ainda que nada sério tenha ocorrido, a gente tem de estar preparada”, diz.
Na avaliação do major Andrade Júnior, o simulado foi considerado um sucesso. “Conseguimos garantir o esvaziamento do prédio com rapidez e ter um tempo de resposta com a chegada do Corpo de Bombeiros pequeno, nove minutos e cinquenta, o que é essencial em casos de incêndio para salvar vidas”, diz. Os simulados de emergência em prédios públicos são exigências legais e já foram realizados em outras unidades do Judiciário. No ano passado, a atividade foi realizada no edifício-sede, tendo inclusive utilizado rapel.