Por TJ-RO
Publicada em 30/04/2020 às 10h38
Na comemoração do aniversário de 17 anos da 15ª Turma de ingresso à carreira da magistratura do Poder Judiciário de Rondônia, a Ameron parabeniza aos magistrados pela dedicação e o comprometimento com a Justiça, fazendo valer os direitos dos cidadãos rondonienses. Os juízes empossados aos 30 de abril de 2003 participaram do processo de modernização da Justiça no Estado de Rondônia. Aquela turma contou com um total de nove aprovados e participaram do processo de construção do Judiciário do novo milênio.
Persistência, força de vontade e determinação descrevem a juíza Kerley Regina Ferreira de Arruda. A magistrada se preparou por cinco anos para a prova de ingresso à carreira da magistratura e a experiência adquirida enquanto servidora do TJMT ajudou a resolver as questões do concurso. “O amor pela magistratura e a honra por pertencer ao Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia somente aumentaram ao longo dos anos, mesmo diante dos desafios”, conta a magistrada que há 17 anos trocou Cuiabá-MT por Cacoal, depois seguiu para Nova Brasilândia do Oeste, Jaru, até se instalar em Porto Velho.
Aquela turma de magistrados contava com um jovem promissor e, posteriormente, viria a se tornar o secretário-geral da Ameron. O juiz José Augusto Alves Martins chegou a Rondônia em 1990, quando tinha apenas 20 anos, escolhendo cursar a faculdade de Direito na capital e toda a formação jurídica em território rondoniense foi recompensada com a aprovação no XV concurso para a carreira da magistratura do TJRO. “Ser aprovado em um concurso tão difícil e longo foi uma grande vitória, pois junto veio a realização de um sonho que começou a nascer no período em que assessorei a inspiradora Desembargadora Zelite Andrade Carneiro, a quem sou profundamente grato por todo incentivo e ensinamento. Hoje, passados 17 anos, a satisfação de trabalhar em algo para o qual me sinto vocacionado faz com que o sonho realizado se renove a cada dia, com a mesma força, perseverança e desejo de Justiça sentidos desde o primeiro dia de exercício da função”, conta o magistrado que antes de ser juiz, também advogou.
Tão logo aprovado, o juiz José Augusto Alves Martins, jurisdicionou nas comarcas de Ariquemes, Cerejeiras, Guajará-Mirim, e por fim, Porto Velho. História parecida com a da juíza Deisy Christian Lorena de Oliveira, mas com uma única diferença – é que ao invés de assessorar desembargadores, a então candidata a carreira da magistratura, era professora da Universidade Federal de Rondônia onde lecionava no curso de Direito em Cacoal. Apesar de ter nascido em Ubiratã, no interior do Paraná, a magistrada vivenciou toda a infância no interior de Rondônia e adotou as terras de Rondon como lar definitivo. “Ingressar na magistratura do meu Estado, pois assim o considero de coração, era um propósito firmado desde o ingresso na graduação. Mantive indo e após formada debrucei-me por cinco anos em estudos afincos para passar no concurso em 2003. Com o ingresso me senti e me sinto realizada profissionalmente. Desde então, dedico meus dias a levar justiça as pessoas que batem à porta do Judiciário ariquemense.”, afirma a magistrada que teve passagens pelas comarcas de Porto Velho, Presidente Médici e Ariquemes – onde permanece até hoje.
A prova, naquele tempo, contava com três fases, sendo elas: objetiva, dissertativa e oral; um longo caminho para quem almeja a judicatura. Mas nada que tenha desanimado o então candidato José Antônio Barreto. “A sensação de saber de minha aprovação no concurso, extremamente difícil, como todos são e devem ser, foi não só de alegria imensa, mas também de confirmação de que o esforço, a dedicação ao estudo, com renúncia de inúmeras coisas no dia a dia, é a receita única para a aprovação. Não há, ao contrário do que muita gente pensa, milagre. Só há uma receita: estudo!”, reforça o agora magistrado. O juiz José Antônio Barreto prestou os serviços jurisdicionais nas comarcas de Alvorada do Oeste, Presidente Médici e Ouro Preto do Oeste; em fevereiro deste ano passou a jurisdicionar na capital.
O Judiciário do novo milênio
A 15ª Turma de magistrados do TJRO foi a segunda a ser convocada para atuar na judicatura após a virada do milênio. Os candidatos aprovados naquele concurso tiveram a missão de cooperar para a consolidação de um Judiciário moderno, eficiente e inovador. “As inovações tecnológicas faz com que nos reinventamos diariamente. O acesso tornou-se mais simples e menos burocrático, de forma que a resposta do Judiciário também deve corresponder a esse formato”, observa a juíza Deisy Christian Lorena de Oliveira.
A mesma opinião é compartilhada pela juíza Kerley Regina Ferreira de Arruda. “O exercício da jurisdição teve forte impacto da tecnologia, sendo necessário rever as habilidades atuais desenvolvidas pelos magistrados. Todos os dias somos obrigados a sair de nossa zona de conforto e até abandonar a formação clássica para buscar mecanismos que otimize procedimentos, promova rapidez e eficiência na entrega da prestação jurisdicional. Então ser juíza no século 21 é sempre estar pronta para se reescrever”, analisa.
Para o juiz José Antônio Barreto o exercício da magistratura no século XXI é desafiador. “A judicatura do século vinte e um é um desafio constante de aprimoramento e atenção às mudanças nos costumes, principalmente agora em que a gente não sabe, exatamente, o que vai acontecer e o que vai resultar depois dessa pandemia (do Covid-19, coronavírus).”, opina o magistrado
Para o juiz José Augusto Alves Martins, o magistrado do novo milênio é um juiz participativo e mais próximo da sociedade. “O exercício da magistratura é sempre um desafio, devendo o juiz estar atento as novas demandas sociais, devendo ter como objetivo não só a solução do processo, mas, principalmente, a solução do conflito”, finaliza.
Além dos magistrados mencionados anteriormente, também foram aprovados naquele concurso e ainda exercem a judicatura os juízes: Acir Teixeira Grécia e Liliane Folha Pegoraro.