Por Rondoniadinamica
Publicada em 13/04/2020 às 11h55
Porto Velho, RO — O último final de semana em Porto Velho foi mais aterrador do que qualquer filme do gênero.
Mortes aos montes, caos urbano, sobreviventes quase despachados, assassinato de policial, possíveis retaliações, buscas, barulho de sirene, pessoas em casa, outros quebrando a regra do isolamento social, enfim, a retratação do vocábulo pandemômio instalou-se entre os rondonienses da Capital.
Com isso, dois setores da Administração Pública foram abalroados de uma vez só: tanto a pasta da Segurança quanto a da Saúde estão de sobreaviso porquanto os índices atípicos, se repetidos, devem, aí sim, suscitar problemas profundos com eventual colapso da ordem nas ruas e também das instituições de atendimento.
O acentuamento da violência e os casos reiterados de descumprimento da ordem vigente entabulada através do Decreto de Calamidade Pública respingam em ambas as esferas, ocasionando, de maneira desnecessária, deslocamento de cotingente para atendimento de ocorrências.
Ocorrências estas que poderiam ter sido evitadas com a simples observação legal ora imposta por conta da pandemia do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2).
Daí se veem emparedados os secretários José Hélio Cysneiros Pachá, da Secretaria de Segurança (Sesdec/RO) e Fernando Rodrigues Máximo, da Secretaria de Saúde (Sesau/RO), pois, de acordo com os dados publicados até agora, o estado não atingiu ainda o ápice dos casos de Coronavírus.
Quando ocorrer, o aparato nos hopitais será dirigido praticamente inteiro às vítimas do COVID-19, exsurgindo, desde agora, a necessidade de o estafe governamental nomeado por Coronel Marcos Rocha levantar-se de maneira reiterada a favor do método de contenção.
Ou seja, a dupla precisa relembrar as pessoas a importância de manterem-se em casa, à exceção das autorizações preconizadas conforme avançam os relaxamentos do decreto.
Porto Velho está sitiada pela emergência relacionada à saúde, porém, e principalmente, em decorrência da violência desmedida observada nos últimos três dias.
E cabe a Inteligência da Sesdec/RO evitar novos derramamentos de sangue em larga escala enquanto Máximo repensa a estratégia para lidar com o COVID-19.