Por Cleuber Rodrigues Pereira/Secom
Publicada em 20/04/2020 às 11h59
Com a produção e distribuição do primeiro lote de 400 unidades de álcool em gel aos servidores do Sistema Penitenciário de Rondônia (profissionais de saúde e policiais penais), a parceria para produção firmada entre órgãos públicos e entidades privadas é custeada com recursos da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (Vepema) do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ), com a coordenação da Secretaria de Justiça (Sejus), que anuncia a retomada da produção.
A meta, segundo Túlio Rogério de Souza Lima, gerente de Reinserção da Sejus, é produzir dois mil litros de álcool em gel e distribuir por todo o Sistema Penitenciário do Estado, como uma ferramenta a mais na luta contra a disseminação do novo coronavírus, entre os servidores da Sejus e profissionais de saúde que atuam dentro dos estabelecimentos penais de Rondônia, de modo a assegurar prevenção de toda a comunidade e em especial desse grupo de agentes públicos.
De acordo com a juíza Kerley Alcântara, da Vepema, órgão do Judiciário rondoniense que financia o projeto (R$ 15.710 mil), a iniciativa visa atender a necessidade do Sistema Penitenciário num momento difícil, em que se levou em conta o conjunto da situação e o custo benefício do projeto para produção de álcool, visto que a aquisição pela Sejus obedece a um rito que poderia atrasar ainda mais o atendimento à demanda dos servidores e dos profissionais de saúde do sistema.
Para a juíza, o mais importante é o resultado do trabalho desta parceria que possibilitou abreviar a tomada dessas medidas (produção e distribuição de álcool em gel) e os benefícios de sua utilização pela comunidade do sistema, que sem dúvida está sendo fundamental para evitar a disseminação do coronavírus.
Túlio Rogério fez questão de agradecer o apoio de todos os parceiros neste projeto, citando inicialmente a própria Vepema, a Universidade Federal de Rondônia (Unir) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produziram o álcool, o Ministério Público Estadual (MPE), que doou rótulo com QR Code para as embalagens, Rondoquímica e Amazonbio, que doaram produtos – peróxido de hidrogênio e glicerol 98% – necessários à fabricação do álcool em gel, e Dydyo Refrigerantes que doou garrafas pet para o envase do produto, entre outros parceiros que se colocaram à disposição.
A produção do álcool em gel 70% é coordenada pelo pesquisador em saúde pública da Fiocruz Rondônia, Leonardo de Azevedo Calderon, doutor em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília (UNB) e professor associado do Departamento de Medicina da Unir, que esclarece que a produção segue padrões recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e todos os procedimentos utilizados na fabricação do produto podem ser acessados por meio de um QR Code, que vai impresso no rótulo da embalagem.