Por Professor Nazareno
Publicada em 15/04/2020 às 14h13
Professor Nazareno*
Apesar de já ter votado algumas vezes em candidatos da esquerda, eu não gosto muito dessa preferência política no Brasil. Prefiro pessoas da direita e da extrema-direita. Não consigo entender como a classe dirigente do país tem de conviver com políticos com pensamentos tão decadentes, errados e ultrapassados. O nosso presidente Jair Messias Bolsonaro é um líder da extrema-direita que está ensinando aos brasileiros como se governa de fato um país com uma sociedade tão complexa como a nossa. O “Mito” com a sua enorme capacidade de liderança tem ensinado ao mundo como se governa uma nação tendo os maiores índices de popularidade. Durante a propalada crise da Covid-19, Bolsonaro tem mostrado de maneira enfática à comunidade científica internacional como se deve agir nestas horas. Suas sábias palavras emocionam a todos.
“Uma gripezinha à toa, que foi inventada pela esquerda daqui e também pelos comunistas internacionais, não pode de maneira nenhuma parar as atividades econômicas do Brasil”, diz o líder do Planalto. A Rede Globo do Brasil, segundo muitos dos seguidores de Bolsonaro, “é uma porta-voz do comunismo internacional que só serve para pregar o pânico e o terror entre as famílias de bem do nosso país”. De acordo com este raciocínio intelectualizado, o governador de São Paulo João Dória também comunga com essas mesmas ideias comunistas. Outros governadores como o Wilson Witzel do Rio de Janeiro e Ronaldo Caiado de Goiás seguem a mesma “cartilha vermelha” dos governadores e prefeitos do Nordeste. Até o atual ministro da Saúde, Luiz Henrique Madetta, demonstra ser um comunista atuante. Por isso, será demitido.
Quase todos os membros do atual governo do Brasil têm a certeza de que foram os esquerdistas e a China que inventaram esse negócio de Covid-19 só para atrapalhar o governo de Jair Bolsonaro. “Antes disso, tudo estava dando certo”, afirmam convictos. O Brasil, segundo alguns bolsomínions, tinha o respeito das maiores potências econômicas da atualidade e o governo Bolsonaro era aclamado na ONU e em todos os organismos internacionais. Existe entre eles uma crença de que a OMS, Organização Mundial da Saúde, é um órgão comandado por um comunista que não entende absolutamente nada sobre doenças e epidemias. “Tudo aquilo ali é um complô dos comunistas para semear o pânico e o terror”, acreditam os eloquentes seguidores de Jair Bolsonaro. E completam: “não duvidem de nada. Essa esquerda é capaz de tudo”.
Segundo um raciocínio “normal” entre os integrantes do “staff brasileiro”, a esquerda e os comunistas, para perseguirem um governo que estava dando certo, criaram esta “falsa doença” e com isso conseguiram adiar as Olimpíadas de Tóquio, pararam os principais campeonatos de futebol do mundo, paralisaram economias fortes com as da Europa e mesmo a dos Estados Unidos e semearam o caos e o terror. Pior: sabem que já existe um remédio que combate essa “gripezinha fajuta” e não o usam somente para causar mais terror ainda na população. “A Cloroquina é um santo remédio”. O próprio “Mito” já teria afirmado que “embora não haja provas, todo mundo sabe que foi a Cloroquina que ressuscitou Jesus Cristo”. E como a economia não pode parar, o ideal seria que o próximo ministro da Saúde acabasse com essa quarentena e botasse todos de volta ao batente. “Morrerão mais alguns, mas é normal”.
*Foi professor em Porto Velho