Por Osmar Silva
Publicada em 24/04/2020 às 14h25
O rombo no casco do navio do governo do presidente Jair Bolsonaro é grande. A saída do ministro da Justiça e da Segurança Pública, o jurista Sérgio Moro, um dos pilares garantidores do executivo federal, enfraquece substancialmente o projeto Brasil Acima de Tudo, Deus acima de Todos. E fortalece, exacerbadamente, sua Oposição composta, na maioria, por lideranças desonradas por crimes e condenações judiciais.
Ferir a autonomia da Polícia Federal com demissão sem causa, nomeação política para proteger políticos que deveriam estar presos e o rompimento na confiança da palavra dada pelo presidente no ao então juiz para assumir o ministério, foi demais para o ético Sérgio Moro.
Elepreferiu pagar um alto preço para conservar sua biografia de honestidade e honradez conquistada no mundo inteiro com 22 anos de atuação na magistratura brasileira.
É fato. Ser honesto no Brasil não é uma virtude para ser aplaudida. Ao contrário. Nestes tempos obscuros, se transformou num fardo pesado. Uma conduta que gera inimigos e pelo qual se paga um alto preço.
Infelizmente, o doutor Sérgio Moro está descobrindo essa verdade, tomando da taça amarga e ficando à mercê dos inimigos que o desejam morto. Pior ainda: sem a garantia da segurança que tinha como magistrado e como ministro para si e sua família.
Moro é, agora, mais um desempregado no mercado de trabalho impactado pela Pandemia do Covid-19. Frágil e só. Embora tenha o aplauso da absoluta maioria dos brasileiros de bem, que respiram aliviados ao constatar que, mesmo parecendo impossível, o Brasil ainda pode contar com verdadeiros patriotas. E o Sérgio, é uma destas honrosas exceções.
Imaginem, as caras de gozo orgásmicos do ex-presidente Lula, da ex-presidente Dilma Roussef, do José Dirceu, do advogado Zanin e demais membros desta periculosa organizaçãocom a renúncia de Moro ao cargo de ministro da Justiça!!!O Diabo está dando cambalhotas!
E eles têm razão para comemorar! Com um ato só, do próprio adversário, se livraram do Moro, Bolsonaro fica mais enfraquecido e a tese do impeachmente ganhará força. E ainda, de lambuja, o PT e os seus partidos acessórios se fortalecem. Com essa gente, qual o futuro do Brasil?
E não é só. Pois os conflitos do presidente Bolsonaro com o ministro Paulo Guedes, da Fazenda, não são mais ocultos. Todos já sabem. Se esse pegar o boné, adeus viola! Não há quem conserte o rombo no navio.
Mais verdade ainda, é o fato de que o presidente nem precisa de Oposição. Ele e os seus filhos dão conta desse papel com muito mais eficiência.
Moro vai, mais daqui a dois anos volta por cima, pelos braços dos brasileiros, para onde quiser. A menos que renegue a política.
Osmar Silva – Jornalista – Presidente da Federação Nacional dos Comunicadores Seccional Rondônia e da Associação da Imprensa de Rondônia – WhatsApp 69.99265.0362 – [email protected]