Por Ne10 / Revista Marie Claire
Publicada em 03/04/2020 às 11h24
Em reportagem exclusiva da Marie Clarie, o passado de Felipe Prior, eliminado na última terça (31) do BBB20, veio à tona. Isso porque o arquiteto faz parte de uma investigação criminal, onde é acusado em dois casos distintos por estupro.
Usando nomes fictícios, o portal contou a história de Themis, uma mulher que atualmente tem 27 anos. Ela contou que em agosto de 2014 acontecia a InterFAU; uma espécie de jogos universitários envolvendo o curso de Arquitetura e Urbanismo em São Paulo.
Na época, Felipe Prior, estudante da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ofereceu carona a ela e outra amiga. Themis conta que estava “bastante alterada” por ter consumido bastante bebida alcoólica. Ela alega que depois dele ter deixado a amiga em casa, Prior estacionou o carro e desligou o motor.
Tentando beijá-la, Prior começou a passar a mão pelo corpo da jovem então com 21 anos. Themis descreve que foi levada para o banco de trás do veículo. Lá, o ex-BBB tentou tirar a roupa dela, além de deixar o órgão genital para fora. Mesmo sem conseguir resistir à violência, a mulher deixou claro várias vezes que não queria fazer sexo.
“Para de ser fresca, no fundo você quer,não é hora de se fazer de difícil”, rebateu Felipe Prior. Assim, aconteceu o estupro. Themis conta que a violência foi tanta que o lábio vaginal esquerdo sofreu uma laceração. No momento do estupro, ela começou a sangrar e chorar, o que fez o então estudante parar. Ele ainda a ofereceu para levá-la ao hospital, mas ela disse que queria ir para casa.
Caso
A descrição de Themis faz parte do depoimento concedido às advogadas, também pertencente à notícia-crime. As profissionais protocolaram a investigação em março deste ano, no Departamento de Inquéritos do Fórum Central Criminal.
Na madrugada do mesmo dia do estupro, Themis foi com a mãe para o hospital. No documento do depoimento, consta uma descrição do ferimento. “Um corte de cerca de três dedos de comprimento na região genital; profundo o suficiente para chegar até o músculo”. Tanto a mãe quanto outras três médicas não foram informadas do ocorrido.
“Ele é um cara impulsivo, agressivo”
Em entrevista à Marie Claire, Themis conta que o que o arquiteto mostrou no reality “não chega perto do que é na vida real”. Ela descreve que escondeu a violência por seis anos, além de ter atrasado a faculdade em dois.
“Tranquei todas as matérias do curso porque vê-lo todos dias era torturante. (…) Tenho medo do que pode fazer, mesmo diante de uma acusação formal, com advogada e tudo. Mas não posso mais guardar esse mal para mim”, completou.
InterFAU 2016
Dois anos depois, Felipe Prior ainda teria praticado uma tentativa de estupro, ainda de acordo com o documento. Dessa vez, contra a estudante denominada Freya pela reportagem, hoje com 24 anos.
No depoimento, a jovem alega que Prior aproveitou do estado dela de embriaguez, também durante o InterFAU. Convencendo-a a entrar em uma barraca, Felipe tentou penetrá-la, usando de força física. Freya revela que o estupro só não aconteceu porque ela o empurrou, conseguindo fugir.
Outro estupro
Já em 2018, Felipe Prior voltou a cometer um estupro durante os jogos InterFAU. Dessa vez, em Itapetinga, contra a estudante Ísis – também pseudônimo. O relato da jovem, atualmente com 23 anos, se assemelha aos das demais.
Na época, ele a havia convidado para ir na sua barraca, onde os dois iniciaram a relação de forma consentida. Porém, Ísis percebeu que Prior começou a agir de maneira agressiva, e pediu para parar. O homem, no entanto, continuou a relação, desferindo tapas no rosto e corpo da jovem.
Mesmo chorando, Ísis relatou que Felipe disse várias vezes que ela não sairia de lá. Colocando-a de barriga para baixo, ela só conseguiu sair da barraca quando ele adormeceu. A então estudante ainda conta com duas testemunhas, que confirmam o choro e o pedido de que Prior parasse.
Leia a reportagem da Revista Marie Clarie