Por Assessoria/Prefeitura
Publicada em 03/04/2020 às 13h20
Em face da dificuldade de diagnóstico do novo coronavírus (covid-19) em Vilhena, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) realizou no dia 31 de março a compra de 200 testes rápidos da doença, após intensa busca pelo produto em escassez mundial. O investimento de cerca de R$ 35 mil nos testes dará rapidez na avaliação de casos suspeitos e permitirá isolar aqueles que representam perigo para os demais.
“Estamos, junto da população, ansiosos para termos nossa própria capacidade de realizar testes para o novo coronavírus. Assim, esses testes, que devem chegar dentro de 15 dias, vão nos ajudar a traçar o quadro real da covid-19 em Vilhena”, explica o secretário municipal de Saúde, Afonso Emerick.
Publicado na página 17 do diário oficial de 31 de março, os testes foram comprados por dispensa de licitação devido ao estado de calamidade pública em Saúde do Estado. O fornecedor é a empresa Bionutri Comércio e Representações de Produtos Médico Hospitalares, com sede em Porto Velho. Foram comprados 200 testes rápidos com registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que funcionam através do método imunocromatográfico para amostras de sangue, podendo ser para sangue total, plasma e/ou soro.
O diretor clínico do Hospital Regional de Vilhena, André Oliveira, e membro do Comitê Gestor Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus em Vilhena, assim como Afonso, explica quais os critérios serão usados para a realização dos testes.
“Os testes serão destinados para pacientes que apresentem febre e pelo menos um sintoma respiratório, como tosse, dificuldade para respirar e outros. Além desses sintomas, a pessoa deve ter histórico de viagem para área com transmissão local nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas ou ter tido contato próximo com caso suspeito, também nos últimos 14 dias. Também faremos testes em pacientes com graves problemas respiratórios internados”, explica André.
Vilhena ainda não registrou nenhum caso confirmado de covid-19. Rondônia, por sua vez, tem 10 casos confirmados, o Brasil ultrapassou o número de 8 mil nesta sexta-feira, 3, e o mundo já soma mais de 1 milhão de pacientes contaminados.