Por G1
Publicada em 12/05/2020 às 15h09
Homens armados atacaram nesta terça-feira (12) um hospital da capital afegã, Cabul, e mataram 13 pessoas, incluindo dois bebês recém-nascidos, de acordo com a Reuters. O hospital de 100 leitos, que é administrado pelo governo, conta com uma maternidade aos cuidados da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Também nesta terça, um homem-bomba provocou uma explosão durante o funeral de um comandante de polícia que reuniu autoridades do governo e um parlamentar, em Nangahar, uma província do leste do país. Um balanço inicial indica que 24 pessoas morreram e 68 ficaram feridas, mas esses números podem aumentar.
Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques. O Talibã, que é a principal insurgência islâmica do Afeganistão, negou qualquer envolvimento nos atentados. O grupo disse ter interrompido ataques em cidades contempladas por um acordo de retirada de tropas dos Estados Unidos.
O grupo militante Estado Islâmico opera em Nangahar e cometeu uma série de atentados de grande visibilidade em Cabul nos últimos meses. Na segunda-feira, forças de segurança prenderam seu líder regional na capital.
Ataque ao hospital
Autoridades dos ministérios do Interior e da Saúde disseram que mães, enfermeiras e crianças estão entre os mortos e feridos no hospital.
Soldados retiraram crianças pequenas do complexo, algumas envoltas em cobertores ensanguentados. Autoridades disseram que 100 pessoas no total foram resgatadas, incluindo três cidadãos estrangeiros.
O bairro onde fica o hospital abriga muitos membros da comunidade hazara afegã, uma minoria majoritariamente xiita que já foi atacada antes pelos sunitas do Estado Islâmico.