Por Sérgio Pires
Publicada em 19/05/2020 às 08h18
GETÚLIO, JUSCELINO, COLLOR E AGORA BOLSONARO: HISTÓRIAS QUE SE REPETEM NA VIDA POLÍTICA DO NOSSO BRASIL
A História não faz mal a ninguém. Vamos relembrar, portanto, parte dela. Há quase 66 anos atrás, numa terça-feira, 24 de agosto, um dos mais populares Presidentes brasileiros, Getúlio Vargas, saía da vida para entrar para a História, conforme texto da sua carta testamento. Foi o ápice de uma verdadeira guerra da oposição, liderada por Carlos Lacerda e pela maioria da imprensa, que durante quase dois anos, na parte final do seu governo, tentou trucidar o então Presidente. Anos depois, parte da história se repetiria com Juscelino Kubitschek.
Mesmo considerado por m uitos brasileiros, até hoje, como o maior Presidente que o país teve, ao decidir construir Brasília sofreu uma oposição violenta, de grande parte da mídia e dos que não aceitavam a mudança da Capital, que sairia do Rio de Janeiro. Mesmo depois da inauguração da “NovaCap”, Juscelino foi atacado violentamente. Morreu num acidente suspeito, cassado pelo governo militar e com a pecha de corrupto, imposta injustamente por seus inimigos. Fernando Collor de Mello foi a próxima vítima.
De amado por parte da imprensa (a Globo já era muito poderosa e o apoiou antes e durante boa parte do seu curto governo), Collor de Mello passou do venerado Caçador de Marajás para um político desonesto, desequilibrado, corrupto. Foi alvo, desde o primeiro dia da sua gestão, de ataques violentos do PT, partido em ascensão na época. Na medida em que se conheciam seus graves erros, os ataques se tornaram ferozes, até sua cassação.
Todos esses – e outros Presidentes da Nação – entre os democraticamente eleitos, em algum momento foram alvos dos seus inimigos, adversários, da mídia parcial e dos interesses contrariados. Agora, mais uma vez, a História se repete, só que em proporções piores. Desde a sua eleição, segundos depois que as urnas lhe deram uma retumbante vitória sobre seus adversários, o presidente Jair Bolsonaro passou a sofrer ataques de todos os lados. Nesses 500 e poucos dias de governo, seus acertos foram ignorados, mas seus erros (e também foram muitos), tornaram-se de tal forma pecados capitais, que, quem acompanha a política desse país, certamente jamais viu tamanha virulência, contra uma autoridade democraticamente eleita. Getúlio, Juscelino e Collor, citados como exemplos neste texto (houve outros, ao menos vivendo crises semelhantes, é claro!), viveram o inferno no Poder.
Bolsonaro está vivendo mais que o inferno. Todos os dias, sua vida se transforma num terror, porque afora seus seguidores fieis, que já não são tantos como o eram há um ano, parece que todos aceitaram a versão dos seus adversários e da imprensa politizada; de um STF que governa, legisla e sentencia e de uma oposição que não aceitou a derrota, mesmo que ela lhe tenha sido imposta por mais de 57 milhões de brasileiros.
Como acabará isso tudo?
Saberemos nos livros de História, quando os lermos no futuro, como será avaliada essa fase incrível que vive nosso país e um governo legitimamente eleito.
FAMÍLIA CURADA PELA CLOROQUINA
“Bom dia a todos os amigos e familiares! Quero compartilhar com todos que eu, minha esposa, meu filho de 16 anos e minha princesinha de 4 anos, fomos contaminados com o vírus chinês, Covid 19, tendo em vista minha esposa trabalhar no Hospital de Base. Porém, na confirmação do teste positivo na minha esposa, no início dos sintomas, começamos a medicação: ivimectina, azitromicina e hidroxicloroquina. Por um período de cinco dias. Hoje estamos todos curados, para a glória de Deus. Informo que tem cura para a Covid 19. Não sei porque estão deixando nossa população morrer!”. O texto foi publicado nas redes sociais por Eliezer Schockness, representando uma das mais tradicionais famílias rondonienses. A questão do uso da cloroquina continua dividindo opiniões não só no Brasil, mas em todo o mundo. Aliás, o assunto já derrubou dois ministros da saúde. Derrubará um terceiro?
NOSSA HISTÓRICA PRAÇA ESTÁ MUDANDO
A obra está andando e, para quem já andou por lá, está ficando uma beleza. Por isso se compreende o entusiasmo com que o prefeito Hildon Chaves, num vídeo divulgado nas redes sociais, fala no andamento das imensas reformas que ali estão sendo realizadas. Trata-se, é claro, da recuperação total e da verdadeira transformação pela qual está passando a área da Praça da Estrada de Ferro Madeira/Mamoré, no centro da Capital. A EFMM já passou por diversas reformas; nela já se gastaram milhões de reais, mas, ao que parece, pela primeira vez em décadas, o complexo tem tudo para se tornar o verdadeiro ponto maior de atração tanto para famílias porto velhenses e de cidades do interior como de visitantes de outros estados e países. No local, teremos mirantes, cafés, bares, restaurantes, local para a venda de produtos regionais e vinhos finos, além da contenção da barranca do rio Madeira, obra praticamente concluída. Não há data exata para a entrega de todas as obras. Mas o Prefeito garantiu que ela está concluída ainda esse ano. Torçamos para que tudo dê certo, dessa vez!
CAERD: FALTAM BOMBAS PARA POÇOS
Mesmo com o enorme pepino que tem suas mãos; mesmo com dificuldades financeiras quase intransponíveis, a atual diretoria da Caerd tem ao menos tentando melhorar a qualidade do abastecimento de água na Capital. Na semana passada, moradores de algumas ruas do bairro Aponiã, reclamaram, através dessa coluna, que a água não saía de suas torneiras já há uma semana. Pois ainda na segunda-feira cedo, depois de um grande esforço, já que não tem conseguido adquirir novas bombas para poços (são 185 equipamentos a serem comprados), em função de burocracia e problemas de concorrência pública, a Caerd resolveu o problema. Moradores ligaram à coluna informando sobre a resposta da empresa. Uma licitação para a compra das bombas, envolveu uma briga generalizada entre os participantes dela e todos foram impugnados. Agora, há outra concorrência em andamento.
NOVA LICITAÇÃO EM ANDAMENTO
A Caerd abriu nova concorrência, para a aquisição dos equipamentos, mas a nova licitação ainda está na fase de julgamento. Um dos diretores explica que há problemas em algumas áreas localizadas da Capital, até porque a empresa não está conseguindo comprar bombas, nem que seja de forma emergencial, no comércio local, já que elas não estão disponíveis para pronta entrega. Mesmo com todos os obstáculos que enfrenta todos os dias, numa empresa que tem dívidas impagáveis, só mesmo muito jogo de cintura e compromisso com a população, para se conseguir manter os serviços ao mesmo num nível suportável. Num futuro próximo, se conseguir comprador, o Governo do Estado pretende privatizar a Caerd.
UM POUCO DE MASSAGEM NO EGO
Não é fácil escrever todos os dias entre 10 mil e 11 mil caracteres; analisar assuntos e deduzir quais os temas que os leitores mais apreciariam. E ainda escrever para um público pensante, bem informado, atraindo para a leitura tanto os que concordam com o que surgem nestas mal traçadas, como os que discordam radicalmente e os que, embora poucos, as detestem. Receber elogios e críticas faz parte da vida de quem se atreve a escrever, nesses tempos em que o número de leitores é cada vez menor, com exceção das baboseiras das redes sociais. Por isso, recebe-se com grande honra e alegria, manifestações que registraram, sobre esse escriba e seus escritos, alguma coisa positiva. Foi o que fizeram dois rondonienses ilustres, nessa semana: o diretor da Unopar, advogado Paulo Andrade e um dos mais respeitados causídicos dessa terra, Amadeu Machado. Seria quase um exercício de massagem ao ego transcrever as duas homenagens, relacionadas com essa OPINIÃO DE PRIMEIRA. Até por alguma modéstia, o autor agradece aos dois amigos e leitores, imaginando que eles representam muitos dos que, diariamente, acompanham esse trabalho. Muito obrigado mesmo! (Sérgio Pires).
PERIGO AUMENTA: MAIS DE 2 MIL CASOS, 83 MORTES
Chegamos aos 2.043 casos de pessoas contaminadas pelo corona vírus em Rondônia, com mais de 800 curados, ou seja, de todos os que foram afetados pela doença, 40 por cento já a superaram e estão de volta à vida normal. Deve-se também subtrair do total (2.043) os recuperados (805), o que daria, na realidade, apenas 1.238 os casos em que há muita gente se recuperando; 270 pacientes internados e, infelizmente, um número de mortes que assusta a todos (83), já que cada óbito, torna-se uma perda irreparável para todos. O numero de vidas perdidas já chega a 4 por cento do total de contaminados. Estamos ainda num momento em que há crescimento do número de casos e os índices de contágio parecem não arrefecer por aqui. Um grande número de profissionais da saúde está contaminado, muitos já se recuperaram, mas alguns, lamentavelmente, morreram, causando um trauma inesquecível no meio de médicos, enfermeiros, auxiliares e todos os que fazem parte das equipes que lutam para salvar as vidas dos outros. Ainda haverá muita dor, muita batalha, muitos leitos tomados por doentes, muita UTI lotada, até que a crise passe. Tanto aqui, como em todo o restante do país, até que surja medicamentos ou uma vacina definitiva, a Covid 19 ainda é um terror para todos.
ARIQUEMES REINICIA SUA VIDA NORMAL
Boas e más notícias sobre Ariquemes. A cidade com o segundo maior número de casos de pessoas contaminadas, é também onde, até o domingo, não tinha havido nenhuma vítima fatal. Houve agora, embora o doente não tenha morrido diretamente pela Covid, mas por um mal súbito, que o fez perecer. Ariquemes conseguiu demonstrar, em plena pandemia, que tem estrutura de saúde pública para atender aos doentes. Com isso, pode abrir novamente seu comércio e voltar às atividades econômicas normais. Embora tantos registros de contágio, foi a primeira grande cidade rondoniense a conseguir, ao menos até agora, a retornar, para recuperar toda a sua estrutura econômica. Segundo os números divulgados na noite desta segunda, existem 162 casos de pessoas com o corona vírus na cidade e apenas uma morte.
PERGUNTINHA
Você concorda com a liberação de reais em dinheiro federal para socorro aos Estados, sem qualquer contrapartida e com riscos de que um ou outro Governador usem parte do dinheiro para conceder aumentos salariais, em plena pandemia?