Por Agência Brasil
Publicada em 07/05/2020 às 11h23
O Flamengo busca autorização da Prefeitura e do Governo Estadual do Rio de Janeiro para retomar os treinamentos do time de futebol, mesmo com o número crescente diário de pessoas infectadas e mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Como medida de segurança para um futuro retorno das atividades, o clube realizou 293 exames, dos quais 38 testaram positivo. Entre os infectados, três são jogadores do elenco profissional, que não tiveram os nomes identificados.
O clube testou 293 pessoas, incluindo colaboradores e familiares próximos de jogadores e funcionários. Dos 38 que testaram positivo para a covid-19, 25 são parentes ou pessoas que trabalham na casa de empregados do Flamengo; outros três são colaboradores terceirizados; e seis são do grupo de apoio. De acordo com nota oficial publicada no site do Flamengo, todos os 38 infectados não apresentaram qualquer sintoma: são considerados do grupo dos "positivos assintomáticos”. Os testes feitos entre os dias 29 de abril e 3 de maio ainda revelaram que onze pessoas - entre elas dois jogadores - já têm a presença constatada de anticorpos no sangue.
Os atletas e funcionários acometidos pela doença deverão cumprir a quarentena e serão acompanhados diariamente em casa. Eles só poderão se reapresentar ao trabalho depois de nova testagem, e se os resultados forem negativos para a covid-19.
Jorginho foi a primeira vítima fatal do clube
Apesar do desejo da diretoria pelo retorno dos treinos, o falecimento do funcionário mais antigo do departamento de futebol, o massagista Jorge Luiz Domingos, ou simplesmente Jorginho como era carinhosamente conhecido, ligou o sinal de alerta. Ele se dedicou ao clube por 40 dos seus 68 anos de idade. Ficou internado por duas semanas em um hospital localizado na Ilha do Governador e morreu vítima da doença na última segunda-feira (4).
Jorginho, de 68 anos, chegou ao Flamengo em 1980 e acompanhou as principais conquistas do Rubronegro: o título Mundial (1981) e o bicampeonato da Copa Libertadores (1981 e 2019), além do heptacampeonato Brasileiro (1980, 1982, 1983, 1987, 1992, 2009 e 2019). Também contribuiu com a Seleção Brasileira na campanha do pentacampeonato da Copa do Mundo de 2002, realizada na Coreia do Sul e Japão.