Por Folha do Sul
Publicada em 04/05/2020 às 10h15
Prestes a completar 29 anos, o rondoniense Héber Araujo dos Santos, é um dos principais nomes do New York City, time de futebol da principal cidade dos EUA. Nascido em Colorado do Oeste, o atleta vai para a sua segunda temporada na Major League Soccer (MLS).
Héber chegou ao New York no ano passado. Ele conta que a adaptação foi rápida, e marcou 15 gols em 23 jogos disputados em 2019. Foi um dos artilheiros do New York e ajudou a construir a melhor campanha da história do clube, sendo o primeiro na sua conferência e chegando aos playoffs. “Infelizmente acabamos eliminados na semifinal”, lamenta Héber.
Este ano, Héber já marcou três vezes, antes suspensão dos jogos da MLS por causa da pandemia do Coronavírus. Os jogadores, assim como as demais pessoas, foram orientados a ficarem em casa. “Nova York tem um lema de ser a cidade que nunca dorme. Mas, diante dessa pandemia, diante do Coronavirus, a cidade dormiu”, disse Héber.
A cidade de Nova York é uma da mais afetadas pela doença nos Estados Unidos, já tendo registrado quase 19 mil mortes por Covid-19. O número de infectados é de 313 mil. “A cidade adotou o distanciamento social, obrigou o uso de máscaras e luvas para entrar nos estabelecimentos comerciais. Eu já estou em casa desde o dia 07 de março; saio somente para ir ao mercado, mas sempre com luva e máscara”, revelou Héber.
O atacante disse que seu clube passou uma planilha de exercícios para os atletas seguirem em casa. “Eu comprei uma esteira para me auxiliar nos treinos em casa; outros jogadores também fizeram isso, compraram esteira ou bicicleta. O clube enviou alguns acessórios de academia, como pesos, borrachinha e bola”, disse o jogador.
Héber disse que a cidade de Nova York fechou locais públicos, como praças e parques, e faz uma fiscalização de quem está na rua. “A polícia passa sempre olhando esses locais, e se tiver pessoas, manda ir para casa ou até multa, dependendo do que a pessoa está fazendo”, disse Héber, antes de explicar: “Mas liberaram para fazer atividade física e quando você precisa ir ao mercado ou farmácia”.
Os pais e irmãos do jogador do New York moram em Vilhena, e para tranqüiliza-los, ele disse que conversa com os familiares todos os dias. “Eu sempre falo com eles para ficarem tranqüilos, porque aqui eu tô tomando todos os cuidados, todas as precauções, e espero que eles estejam fazendo o mesmo”, disse, revelando que seus pais, desde o início da quarentena, foram para uma chácara da família fora da cidade, e todo o suporte a eles é dado pelos irmãos.
“Quando eles precisam de alguma coisa, meus irmãos se encarregam de providenciar para evitar que eles (pais) tenham que ir a locais públicos”, finalizou.
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