A polícia de Paris teve que dispersar grupos de pessoas na beira do Canal Saint Martin, um dos pontos de encontros de festas e baladas na capital francesa.
As imagens mostradas na TV francesa surpreendem depois de quase dois meses de medidas rígidas adotadas pelo país para controlar o avanço da Covid-19 - o vírus já matou mais de 26.600 pessoas na França.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, reagiu rapidamente no Twitter, lembrando que o fim do confinamento dependia da "prudência e do civismo de cada um."
Na mensagem, ele também diz que, diante de "alguns comportamentos irresponsáveis", pediu à Secretaria de Segurança Pública da cidade que proibisse o consumo de álcool na beira do Sena, bastante frequentado na Primavera e verão europeus, e no Canal Saint-Martin.
A proibição entra em vigor nesta terça-feira (12), segundo o Secretário de Segurança Pública de Paris, Didier Lallement.
Autoridades "lamentam" ter que tomar medidas restritivas
Em um comunicado, a Secretaria lamenta ter que tomar esse tipo de decisão já no primeiro dia da flexibilização da quarentena. "As medidas de regulação parecem indispensáveis, diante do desrespeito às orientações sanitárias, conasideradas como uma obrigação, e não como um dever", escreveu o órgão.
O Secretário lembrou que o fim do confinamento "depende do princípio de responsabilidade individual de cada cidadão" e "cabe a cada de nós aplicar voluntariamente as regras elementares, que vêm sendo lembradas há semanas".
Entre elas, a distância de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas, lavar as mãos com frequência e limitar as saídas. O uso de máscaras, apesar de não ser obrigatório nas ruas, é recomendado.
Confinamento pode voltar
As autoridades também alertaram que podem voltar a adotar novas medidas restritivas se for necessário. "Graças a você, o vírus regrediu. Mas ainda está circulando. Salve vidas, tome cuidado", disse o presidente Emmanuel Macron.
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