Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 05/05/2020 às 15h22
O Presidente da Venezuela disse segunda-feira que dois cidadãos dos EUA foram detidos como parte de um grupo descrito pelo executivo como mercenários envolvidos num ato que Nicolás Maduro afirmou que tinha o intuito de o matar.
"Nesse grupo, havia membros da equipa de segurança de Donald Trump: Airan Berry, um mercenário profissional dos Estados Unidos, e Luke Denman", afirmou Maduro na segunda-feira numa mensagem televisionada junto do alto comando militar.
Hoje, Trump negou qualquer envolvimento dos EUA nestes ataques e desmentiu as declarações de Nicolas Maduro sobre a presença de veteranos militares ligados a uma empresa de segurança norte-americana.
"Não tem nada a ver com o nosso Governo", disse Trump, explicando que apenas hoje teve conhecimento destes ataques.
Nicolas Maduro tinha mesmo apresentado os passaportes dos dois alegados mercenários ao serviço dos EUA, acusando-os de terem feito parte dos ataques que provocaram pelo menos oito mortes, no estado de La Guaira, perto de Caracas.
Nesse mesmo dia, a justiça venezuelana acusou ainda o líder da oposição, Juan Guaidó, de recrutar mercenários com fundos venezuelanos para fomentar uma tentativa de invadir o país.
Contudo, Guaidó rejeitou esta acusação e, num comunicado, sublinhou que não tem "qualquer relação ou responsabilidade por quaisquer ações" perpetradas por uma empresa de segurança privada detida pelo antigo militar norte-americano Jordan Goudreau.
A alegada invasão aconteceu um ano depois de Juan Guaidó ter tentado um levantamento do exército venezuelano contra o Presidente, que saiu gorado, tendo Nicolas Maduro assegurado até hoje o apoio das forças armadas.