Por Folha do Sul
Publicada em 11/05/2020 às 11h21
A CBF informou na última sexta-feira, 8, que vai aderir a regra de cinco substituições por jogo em suas competições. A medida vai ser adotada temporariamente depois que a International Board (IFAB) autorizou a emenda nas regras do jogo. Sem saber se a Federação de Futebol de Rondônia (FFER) adotará a medida no Campeonato Rondoniense, previsto para retornar em novembro, técnicos, auxiliares e preparadores arriscam palpitar sobre a implementação da medida no Estadual.
- Seria positivo, primeiro por questões físicas. Não sabemos quando voltaremos para as atividades e dificilmente os clubes estão monitorando ou assessorando seus atletas com programas de treinamentos a distância através de vídeo conferência ou outra estratégia qualquer - disse Paulo Eduardo, auxiliar permanente do Porto Velho E.C.
A IFAB explicou que as substituições deverão acontecer em três janelas por equipe e vão valer tanto para competições já iniciadas como nas que ainda vão começar - mesmo que elas se estendam até o início de 2021. A alteração autorizada pela IFAB será uma emenda às Regras do Jogo e tem como objetivo, segundo a Fifa, "proteger o bem-estar dos jogadores".
- Outro ponto importante das cinco substituições é que o treinador poderá ter mais opções dentro da sua estratégia de jogo e também os atletas suplentes poderão ter mais oportunidades - ressaltou Paulo Eduardo, auxiliar permanente licendiado pela CBF.
DE OLHO NO NACIONAL
Para o técnico Bruno Monteiro, técnico do Ji-Paraná, time que tem vaga garantida na Pré-Série D do Brasileirão, a adoção da medida nas competições nacionais depende dos treinos e da adaptação dos jogadores ao novo estilo de jogo.
- Penso que todos os atletas vão precisar de um tempo adequado para que os treinamentos possam gerar adaptações em todos os níveis, sejam fisiológicos, neurais, táticos, técnicos, cognitivos e mentais. Certamente dentro dos primeiros jogos haverá déficit de rendimento dos atletas, principalmente no segundo tempo - explicou Bruno.
Apoiando a decisão da CBF, Bruno ressalta que o técnico que souber usar a nova regra, obterá vantagem no jogo.
- Na minha visão, quem tiver um elenco qualificado e souber realizar as alterações com boas intencionalidades, vai obter uma leve vantagem dentro do que a regra permite, seja no campeonato Estadual ou no Brasileiro Série D - disse.
FOCADO NA PREPARAÇÃO FÍSICA
O preparador físico Luís André, que no início do Estadual de 2020 trabalhou no Rondoniense, explicou que o aumento de substituições no jogo ajudará a manter a integridade física dos atletas em campo.
- Estudos mostram que a maioria das lesões ocorrem após os 30 minutos do segundo tempo, ou seja, nesse momento de retorno provavelmente as lesões devem ocorrer em um tempo menor. Agora com 5 substituições, eu penso que será de suma importância não só para prevenir o atleta de lesões, mais principalmente a saúde do atleta - explicou Luís.
Luis ressalta que, além de manter a intregridade física dos jogadores, o aumento das substituições no jogo também aumentará a intesidade das partidas.
- As cinco substituições serão mais seguras para os atletas na questão de saúde física, como também manterá a qualidade técnica e tática do jogo e um nível técnico e de intensidade legal do jogo - disse.