Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 16/05/2020 às 11h03
A confirmação das eleições municipais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para o próximo mês de outubro, traz para os políticos um problema a mais, para este difícil ano de 2020, quando a população do planeta se concentra na luta contra o coronavírus, pandemia que desde novembro do último ano vem matando pessoas e ampliando o grau de contaminação a cada dia. E o que mais preocupa: não se encontrou, ainda, uma vacina, um antídoto e nem mesmo um remédio, ou mesmo um medicamento que garanta a cura dependendo da condição do contaminado.
A decisão do TSE, mesmo na contramão da prioridade no momento, que é a árdua, difícil e, por enquanto, parcial no combate ao coronavírus, pelo menos sinaliza aos políticos, inclusive os dirigentes partidários, que o foco é a pandemia, mas o país não pode parar e nada é mais importante que a política, pois é ela quem comanda a economia (social, trabalhista, econômica, partidária). Não há como um país caminhar sem um trabalho político eficiente, justamente o que falta ao Brasil de hoje: mais seriedade e responsabilidade em todos os segmentos.
As convenções para as eleições municipais, quando serão eleitos prefeitos, vices e vereadores deverão ser realizadas no período de 20 de julho a 30 de agosto. Portando faltam mais de dois meses para início do prazo e os dirigentes partidários, mesmo com a pandemia deixando o futuro incerto devem acelerar o processo de formação de nominatas, para a sucessão municipal. São pouco mais de cinco meses e o tempo passa rápido.
No último trimestre de 2019 era possível notar mobilização nos principais municípios visando as eleições deste ano. A chegada da pandemia, que há meses desafia a ciência do mundo colocou um freio na corrida sucessória. Mas já é possível destacar possíveis candidatos a prefeito em vários municípios, mesmo com a pré-campanha em ritmo lento e de muita desconfiança para o futuro.
Porto Velho tem o prefeito Hildon Chaves (PSDB), que deverá buscar a reeleição. Também estão na lista o jovem Vinícius Miguel (Cidadania) que teve uma excelente votação nas eleições de 2018 na capital (mais de 69 mil, o mais bem votado), quando concorreu ao governo do Estado. O PV tem o ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Hermínio Coelho e o Solidariedade o ex-governador Daniel Pereira. O ex-prefeito e deputado federal Mauro Nazif (PSB) também não deve ser descartado e o PTB, pode indicar o ex-secretário de Agricultura do município, Leonel Bertolin. O deputado federal Léo Moraes (Podemos) também deverá entrar na corrida sucessória da capital, área que ele conhece bem, pois disputou o segundo turno com o prefeito Hildon em 2016.
Certamente teremos outros nomes na disputa pelo comando do maior município de Rondônia, mas com poucas condições de sucesso.
Em Ji-Paraná o prefeito Marcito Pinto (PDT) é o nome do partido para manter a hegemonia na prefeitura. O MDB tem como pré-candidato o ex-vereador Isaú Fonseca, o PP o médico João Durval e o radialista Licomédio Pereira. O presidente da Ale, deputado Laerte Gomes (PSDB) é pré-candidato com potencial de voto e o PRB anunciou o deputado estadual Jhony Paixão como postulante à sucessão municipal na Capital da BR.
A prefeita de Cacoal, Glaucione Rodrigues (MDB) é pré-candidata e tem o apoio do deputado estadual Cirone Deiró, ex-vice dela, que assinou filiação no Solidariedade, deixando o Podemos, que deverá ter candidatura própria no município. Como o deputado estadual Adailton Fúria (PSD) não se manifestou, ainda, sobre uma pré-candidatura a prefeito, Glaucione, por enquanto, caminha sem muitos obstáculos pela frente.
O prefeito de Pimenta Bueno, delegado Arismar Araújo (PSL) em eleição suplementar se elegeu prefeito e deverá buscar a reeleição. Tem como adversário direto o ex-prefeito e suplente de deputado estadual Jean Mendonça (Podemos). São dois nomes expressivos e com apoio popular.
Com o apoio do deputado estadual Luizinho Goebel (PV-Vilhena), o prefeito Eduardo Japonês (PV), de Vilhena, município mais importante do Cone Sul deverá concorrer à reeleição. Tem como adversária a ex-prefeita Rosani Donadon (MDB).
O município de Ariquemes promete, caso os nomes sejam confirmados, a exemplo de Ji-Paraná, uma forte disputa pela prefeitura. Como o prefeito Thiago Flores (PRB) anunciou publicamente, que não irá disputar a reeleição a sua vaga tem vários pretendentes em condições de sucesso.
O ex-deputado estadual Tiziu Jidalías (Solidariedade) está na lista de pré-candidatos, o mesmo ocorrendo com o vice-prefeito Lucas Follador (DEM). Com Flores fora, a vereadora e presidente da câmara, Carla Redano (PRB), esposa do deputado estadual Alex Redano (PRB) deverá ser a candidata do partido liderado pelo marido no município. Como é política em ascensão e apresenta desempenho elogiável é nome a ser considerado na sucessão municipal.
O ex-prefeito e ex-deputado (federal e estadual) Carlos Magno (PP), que teve problemas de saúde em passado recente, já se declarou como pré-candidato à sucessão municipal em Ouro Preto do Oeste. Caso confirme sua pretensão será adversário de peso para o prefeito Vagno Panisoly (DC), que vem realizando um bom trabalho. O ex-prefeito Alex Testoni não se manifestou sobre a sucessão municipal.
Três nomes estão em condições de disputar as eleições de Jaru. O prefeito João Gonçalves Júnior (PSDB), é estreante na política e não conseguiu atender a expectativa do povo, que o elegeu em 2016. Deverá ter dificuldades na luta pela reeleição. O ex-deputado e político de família tradicional no município (os Muleta), Amauri é quem deverá concorrer pelo PTB. É nome expressivo na política local. O empresário e apresentador de TV, Sebastião Santana, no PRTB, tem enorme participação popular e certamente é um pré-candidato em condições de sucesso. Caso o trio seja confirmado, teremos eleições muito equilibradas em Jaru: um novato que não está dando certo; um veterano de família tradicional na política e um crítico severo e defensor incondicional das famílias mais simples, do povão.
Rolim de Moura está com a situação política instável desde a renúncia do ex-prefeito César Cassol em 2015. Após sua saída assumiu o vice, Luizão do Trento (PSDB). Em 2016, Luizão se reelegeu prefeito. Foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em duas oportunidades, a mais recente esta semana, inclusive o vice, Lauro Mello. O presidente da câmara vereador Lauro Lopes (PRB) assume e a lei eleitoral prevê eleição suplementar em 90 dias.
É um quadro provável, hipotético, mas com base no desenvolvimento político dos últimos anos nas principais cidades de Rondônia.
Muito bem os políticos podem ficar tranquilos esse vírus não matará vocês não vi um político morrer de corona ou civis 19