Por Redação
Publicada em 30/06/2020 às 11h10
A energia elétrica faz parte da rotina de diversos indivíduos por todo o mundo. Seja de modo direto, mantendo a produção industrial ou de modo indireto, como numa pesquisa de alguma informação no celular. De fato, a eletricidade é essencial.
Porém, sua importância pode passar despercebida, uma vez que ela faz parte do cotidiano.
Você sabe, por exemplo, qual setor do país mais consome energia elétrica? Você sabia que unidades de saúde, como hospitais, são obrigados por lei a contar com geradores de energia para manutenção da eletricidade? Muitos também não sabem.
Parecem detalhes irrelevantes, mas são informações como essas que nos permite perceber o quanto a energia está inserida em quase todos os aspectos da sociedade.
Por isso, o conteúdo traz dez curiosidades sobre a energia elétrica a fim de ressaltar a sua importância para o mundo.
1. A indústria é o setor que mais consome eletricidade
A eletricidade é necessária para as atividades mais diversas, como uso residencial, manutenção de comércios e iluminação pública.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o setor que mais consome energia elétrica no país é o industrial.
Em 2018, as indústrias foram responsáveis por cerca de 36% da utilização de eletricidade gerada no país. O setor residencial vem em segundo lugar, com cerca de 29% do consumo - uma diferença de 7%.
Dentro do próprio ramo industrial, alguns campos como o setor automobilístico, metalúrgico e de plástico necessitam de um consumo ainda maior de eletricidade. Parte disso se deve ao maquinário mais pesado do que a média, que é utilizado nessas indústrias específicas.
2. Hospitais são obrigados a terem geradores de energia
A importância da energia elétrica é evidente. Basta um apagão repentino para que muitos percebam o quanto suas vidas dependem da eletricidade.
Entretanto, em alguns locais, a presença constante de energia é ainda mais essencial - como é o caso dos hospitais. Em unidades de saúde, uma queda, por mais breve que seja, pode custar a vida de um paciente e inutilizar medicamentos vitais.
Não à toa, em muitos estados brasileiros há legislações específicas para garantir que todos os hospitais, da rede pública ou privada, possuam geradores como fonte de eletricidade alternativa.
No Rio de Janeiro, por exemplo, desde 1996, está em vigor a Lei Nº 2.640, que, inclusive, prevê uma multa de R$ 5 mil para as unidades que desrespeitarem a regra.
Dessa forma, as instituições contam com a locação de geradores de energia, que entram em funcionamento após qualquer instabilidade energética.
Isso permite que máquinas e salas estratégicas dos hospitais continuem funcionando, mesmo em um cenário de queda de energia da rede de concessionária.
Os geradores hospitalares servem, principalmente, para a manutenção de salas cirúrgicas, aparelhos mecânicos - como respiradores -, iluminação estratégica e funcionamento dos elevadores.
3. A energia hidrelétrica é a maior fonte no Brasil
O Brasil é um país extenso e com grandes redes pluviais. Por isso, tem um potencial considerável para geração de energia hidrelétrica.
Atualmente, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as hidrelétricas são responsáveis por quase 66% da energia gerada no país.
Porém, ainda de acordo com a instituição, os próximos quatro anos podem trazer algumas mudanças no cenário energético nacional.
A perspectiva é que, até 2024, haja uma queda de 4% da energia provinda das hidrelétricas. Já as energias termoelétrica e eólica podem ter aumento de quase 2% - alcançando cerca de 10,3% e 11,1% da energia gerada no Brasil, respectivamente.
4. A maior hidrelétrica do mundo é chinesa
Muitos podem pensar que a usina hidrelétrica de maior potencial energético no mundo é brasileira - como a de Itaipu ou Belo Monte, que produzem cerca de 14.000 e 11.200 MW de energia, respectivamente.
Apesar de realmente serem usinas de grande destaque, o posto de maior hidrelétrica vai para a China.
A Usina de Três Gargantas, localizada no rio Yang Tsé da cidade de Sandouping, produz uma média de 18.200 MW de energia e é usada, também, como uma forma de controlar as enchentes da região.
Sua construção levou quase 20 anos e teve um custo de mais de US$ 20 bilhões.
Logo atrás, na lista de hidrelétricas com maiores capacidades, estão as brasileiras. Além de Itaipu e Belo Monte, o Brasil também possui mais uma usina de grande destaque mundial: a Tucuruí I e II, localizada no rio Tocantins.
5. Combustíveis fósseis são grande fonte de energia mundial
A hidrelétrica é o carro-chefe da energia no Brasil, porém, o cenário mundial é um pouco diferente.
O Anuário Estatístico de Energia Elétrica, feito pelo EPE, afirma que os combustíveis fósseis foram responsáveis por mais da metade (64,6%) de toda energia gerada pelo mundo em 2016.
Mesmo com uma tendência cada vez maior de empresas e consumidores buscarem fontes renováveis, o estudo feito pela Carbon Tracker aponta que os combustíveis fósseis ainda serão muito utilizados.
Pelo menos até 2023, continuará sendo a fonte prioritária de energia no mundo, muito devido ao grande potencial energético e custo comparativamente menor.
6. As esferas laranjas nos fios elétricos são importantes
Provavelmente diversas pessoas já repararam que alguns fios elétricos possuem esferas laranjas por toda sua extensão. Elas, na verdade, são chamadas de esferas sinalizadoras.
Elas evitam acidentes com aeronaves ou helicópteros, porque chamam a atenção para a presença de fios elétricos cruzando rodovias. Dessa forma, a cor vibrante é mais uma maneira de alcançar esse propósito.
A presença delas é prevista nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas e possuem um importante papel na manutenção da energia e proteção dos indivíduos do país.
7. A Índia possui a tarifa energética mais cara do mundo
No Brasil, muitos reclamam do preço da energia. Porém, quando se trata do recurso utilizado na indústria, o país não está nem entre as cinco nações com tarifas mais caras do mundo.
De acordo com dados divulgados pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) em 2017, o país com o maior custo de energia elétrica para a indústria foi a Índia, com uma média de quase R$ 600 por MW-h.
Em seguida, está a Itália (R$ 536,1), Singapura (R$ 459,4), Colômbia (R$ 414,1), República Checa (R$ 408,9) e, finalmente, o Brasil em sexto lugar, com um gasto de R$ 402,3 por MW-h.
Apesar de não estar na liderança, é possível perceber que a energia brasileira é cara e supera a média mundial de R$ 275,74.
Como pode ser visto abaixo, a lista das 15 nações com eletricidade para a indústria mais caras de todo o mundo é variada, tendo países de diversos continentes e regiões:
País |
Reais por MW-h |
1º) Índia |
597,0 |
2º) Itália |
536,1 |
3º) Singapura |
459,4 |
4º) Colômbia |
414,1 |
5º) República Checa |
408,9 |
6º) Brasil |
402,3 |
7º) Turquia |
395,2 |
8º) El Salvador |
391,7 |
9º) Portugal |
323,6 |
10º) México |
323,2 |
11º) Japão |
318,6 |
12º) Alemanha |
290,2 |
13º) Espanha |
274,3 |
14º) Chile |
268,8 |
15º) Costa Rica |
253,1 |
8. Muitos ainda não têm acesso à energia
Apesar da importância da energia elétrica para se ter qualidade de vida, esse ainda é um privilégio a que muitos não tem acesso.
Um levantamento feito pela Agência Internacional de Energia em 2016 apontou que 588 milhões de pessoas na África subsariana ainda não possuem eletricidade em sua residência, sendo o local mais prejudicado pelo problema no mundo.
Além disso, a agência afirma que, se analisadas as políticas públicas nacionais atuais, o cenário não irá melhorar.
A previsão é que, em 2030, 602 milhões de pessoas estejam sem energia elétrica na mesma região - ou seja, um aumento de 14 milhões.
9. O equipamento elétrico mais antigo é a Pilha de Bagdad
De acordo com os registros, a pilha de Bagdad é o equipamento histórico mais antigo já descoberto na contemporaneidade.
As análises revelam que se trata de uma pilha de cerca de dois mil anos, com estrutura relativamente semelhante ao objeto atual. Ela foi descoberta na década de 1930 e recebeu esse nome por ter sido encontrada próxima à Bagdá, capital do Iraque.
A estrutura da pilha de Bagdad | Foto: Museu WEG (por World Mysteries)
O material, feito de barro, possuí uma liga de cobre e estanho. Além disso, exames mais profundos apontam que também havia alguma substância ácida em seu interior, porém, não se sabe afirmar exatamente qual. Pesquisadores acreditam tratar-se de vinho ou vinagre.
Não há materiais ou documentos suficientes para que se possa entender qual foi a verdadeira finalidade desse protótipo de pilha.
10. A verdadeira contribuição de Thomas Edison
Ainda na temática de história, Thomas Edison é um nome sempre mencionado quando o assunto é energia elétrica. Muitos o denominam como o descobridor da eletricidade, mas o papel de Edison foi um pouco diferente do que o senso comum acredita.
O empresário não foi o primeiro a patentear a lâmpada incandescente. Pelo ao contrário, já existiam pedidos de patentes pela invenção cerca de 10 anos antes. O que Thomas Edison fez, entretanto, foi tornar a energia algo comerciável e relativamente acessível.
Na segunda metade do século XIX, fundou sua companhia Edison Illuminating Company. E, alguns anos mais tarde, foi responsável pela inauguração da primeira usina elétrica.
Em pouco tempo, o negócio cresceu imensamente, o que foi essencial para marcá-lo na história.
Agora você já conhece um pouco mais sobre a energia elétrica, compartilhe nosso artigo em suas redes sociais para que mais pessoas também tenham acesso a essas informações!