Por Uol
Publicada em 26/06/2020 às 09h44
Mesmo com uma quantidade relativamente baixa de mortes (1.150 em 44 milhões), o governo argentino vai anunciar hoje um endurecimento da sua quarentena, mas pairam dúvidas sobre qual será a reação de uma sociedade com esgotamento social depois de 100 dias do confinamento mais rígido da região.
O anúncio estava previsto para a noite de ontem mas para fazer os últimos ajustes, o governo decidiu adiar para o começo da tarde de hoje.
Por observar o que acontece nos países vizinhos e a relação de contágios com o número de leitos disponíveis, o governo argentino resolveu endurecer as restrições, antes que o sistema de saúde entre em colapso. Atualmente, o nível de ocupação das UTIs é de 54% na região metropolitana de Buenos Aires, onde se concentram 90% dos contágios diários. Embora seja um nível de ocupação relativamente baixo, as autoridades sanitárias calculam que, com a atual multiplicação dos casos (duas mil pessoas por dia), o sistema não possa absorver a demanda em quatro semanas.
As novas medidas, que significam voltar à primeira fase, devem ter vigência entre os dias 1 e 17 de julho, completando 120 dias de confinamento. Ao lado do Peru e da Colômbia, é a quarentena mais prolongada do mundo, mas a mais rígida na prática.