Mordaça – A chamada “Grande Imprensa” brasileira, que há muito deixou de praticar jornalismo, priorizando a parcialidade no noticiário político, principalmente, aos poucos vai retomando a sua verdadeira função, que é a de bem informar a população. Como vivemos no Brasil em regime Democrático, o jornalismo não pode ser praticado com exceção, mas sim com coerência e responsabilidade. Na edição de terça-feira (16) do jornal “Estadão”, de circulação nacional e um dos mais antigos do país o diretor Fernão Lara Mesquita publicou artigo, que merece destaque e atenção com o título: “Será que vai ter golpe?”, que aborda a realidade do Brasil e uma perspectiva de futuro nada promissora. E talvez uma retomada do jornalismo à sua essência.
Mordaça II - A ação da Polícia Federal (PF) contra o jornal eletrônico “Folha Política”, no início desta semana por determinação do ministro Alexandre de Moraes é uma afronta ao Estado de Direito de o cidadão brasileiro. No seu artigo, o jornalista Fernão Mesquita diz em um trecho: “o STF agir contra essas pessoas, isso sim, está expressamente proibido por lei. Quando é o STF que viola a lei tem-se, de saída, uma afronta institucionalizada contra o estado de direito. Mas quando ele passa a agir sem provocação o estado de direito é literalmente aniquilado. Quando passa por cima das condições dentro das quais é lícito acionar contra alguém a arma mais forte do sistema nenhum outro direito do cidadão permanece em pé”. Oxalá o “despertar” da “Grande Imprensa” não seja tardio...
Denúncias – É comum acompanharmos no noticiário da mídia, seja nacional, estadual ou regional, parlamentares (deputados) e legisladores (vereadores) estarem nas manchetes com “denúncias” contra a administração pública. Deputados e vereadores têm com funções específicas legislar, fiscalizar e propor políticas públicas. Parlamentar e legislador não têm que “denunciar”, mas sim agir acionando as leis que eles discutiram e aprovaram, para impedir e punir a corrupção, inclusive, criar comissões temporárias, para apurar irregularidades praticadas pelos administradores públicos, que são muitas e constantes. Agora denunciar é muito vago e não leva a nada, a não ser provocar muito barulho e com resultado zero à esquerda. A denúncia é de competência ado povo.
Auxílio – Preocupante a constatação pelo Tribunal de Contas (TC) de Rondônia do pagamento a servidores públicos do Estado e de municípios do benefício emergencial pelo governo federal. Segundo o TC, 1.544 benefícios totalizando R$ 1.044.600,00 foram pagos indevidamente com o auxílio emergencial. Ressalta o TC, que é possível, que os servidores não tenham feito a solicitação, mas isso não justifica a pessoa ser favorecida, sem solicitar e não acusar o recebimento ilegal às autoridades. No mínimo foram coniventes, ou omissas. Corretamente o TC está orientando, que os servidores sejam notificados individual e reservadamente para que devolvam o que não lhes pertence. É o fim da rosca...
Estradas – O novo diretor geral do DER-RO continua sendo assunto na coluna, pois a precariedade da malha viária do Estado, que compromete o transporte da safra de grãos (soja, milho, café, etc.) e do leite, que é diária e a recuperação e conservação são prioridades para a classe produtora. O presidente da Comissão de Transporte e Obras Públicas da Assembleia Legislativa (Ale, Luizinho Goebel (PV-Vilhena) disse na sabatina ao novo diretor do DER, Elias Rezende, que Rondônia "vive um caos em todas as regiões e quando a gente levava a mensagem ao governador, ele rebatia dizendo que não havia caos algum. Quero afirmar que o coronel Meireles foi o pior diretor geral /do DER, trazendo prejuízos aos cofres públicos, aos servidores e à sociedade. Meireles foi o responsável pelo desmanche do DER e pela situação deplorável das nossas estradas. Além de incompetente e de falta de gestão, ainda lhe falta humildade. A sua prepotência levou o DER ao caos", enfatizou o parlamentar.
Respigo
O deputado Luizinho Goebel tem respaldo para falar sobre estradas, pois quando se elegeu pela primeira vez deputado estadual (está no quarto mandato) era conhecido no interior do Estado como “Luizinho Patroleiro”. Até hoje não faz cerimônia quando é desafiado a dirigir uma patrol +++ Ontem foi a óbito o empresário do ramo de comunicação Mário Calixto Filho, que fundou o jornal “O Estadão do Norte” e durante anos foi nome respeitado –e temido– em Rondônia. O Sr. Mário foi senador da República e estava preso, após ser condenado a 12 anos de prisão pela prática de diversos crimes +++ Como a maioria dos jornais impressos de Rondônia, inclusive o centenário “Alto Madeira”, o “O Estadão” não mais existe. Mas de qualquer forma o jornal do Sr. Mário deixou um legado na imprensa de Rondônia e do Norte do País +++ A liberação gradativa do comércio em Porto Velho desde ontem (18) vem sendo conduzida de forma normal, porque o povo sabe que precisa de trabalhar, comprar, especular. A eficácia da liberação será testada no final de semana, pois é justamente nesse período que os irresponsáveis promovem festas com bebedeiras e orgias, que favorecem a propagação do coronavírus.
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