Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 30/06/2020 às 15h17
Energia – Destaque para o projeto de lei do deputado estadual Jair Montes (Avante-PVH), transformado em Lei (4.795), após a publicação pelo governo do Estado no “Diário Oficial”. A lei determina que a Energisa, empresa distribuidora de energia elétrica no Estado inclua foto do contador com o consumo do período e o valor faturados. Em caso de descumprimento o consumidor poderá acionar legalmente o Procon-RO e fazer valer o Código de Direito do Consumidor (CDC). Não há dúvida que o projeto do deputado Jair transformado em lei é importante. Mas parlamentar não tem que elogiar ou agradecer o governo, como sempre ocorre, por atender um pedido, um projeto, uma sugestão sua, pois ele representa o povo. O deputado está cumprindo com a sua função de sugerir, fiscalizar, legislar e o governo de executar, pois são representantes do povo e remunerados para isso. O Executivo atender o Legislativo é obrigação e não favor.
Ônibus – Alegando falta de pagamento de salários dos últimos três meses desde ontem (29) o transporte coletivo urbano de Porto Velho está paralisado. Na verdade, os ônibus deixaram de circular, porque há tempo, que a maioria dos coletivos, fica pelo meio dos percursos, porque quebram mais que rodam causando transtornos constantes ao usuário, que depende do ônibus, pois não tem como se favorecer das outras alternativas disponíveis (taxi-lotação, Uber ou mesmo o mototáxi), porque não dispõe de recursos financeiros para pagar, pois são bem mais caros. O transporte coletivo de Porto Velho é uma ficção: o Consórcio SIM (que deveria ser NÂO) faz de conta que opera na cidade e a prefeitura, sonha que o serviço é disponibilizado. A conta fica para o usuário.
Opções – Há tempo que, além dos taxistas e mototaxistas, também operam na capital o taxi lotação, que funciona como um ônibus coletivo, inclusive assediando as pessoas que estejam nas paradas de ônibus no centro e nos bairros, uma concorrência ilegal, mas real. O valor da passagem do ônibus é de R$ 3,80, o taxi lotação em média R$ 5. Há também o Uber, que tem valor definido de acordo com trajeto e horário. Mesmo em final de mandato o prefeito Hildon Chaves (PSDB) tem uma dívida com Porto Velho, que é o transporte coletivo funcionando de maneira eficiente, para atender a população de menor poder aquisitivo. Como estamos nos últimos seis meses de mandato, certamente nada mudará no precário transporte coletivo, que continua paralisado pelo segundo dia. Felizmente não está fazendo falta, porque até mesmo os estudantes estão em casa devido a pandemia. Uma lástima.
Corrupção – As constantes ações da Polícia Federal (PF), a nossa polícia de elite em vários estados demonstra, que a corrupção continua campeando solta por esse país. Quando se conseguir uma vacina contra o coronavírus, e assim se espera, a contabilidade somará milhares de pessoas, que foram a óbito devido a pandemia, mas a corrupção deixará um lastro bem maior, porque matou, mata e continuará matando, pois são constantes os roubos de dinheiro público. Um “câncer” na política sem cura. Agora devido ao coronavírus e o decreto de calamidade pública desobrigar a licitação a situação se agravou. Se antes a corrupção já deteriorava a economia pública, hoje a situação é bem mais grave. Um exemplo negativo é o trabalho constante da PF, dessa vez no Amazonas, desde o início da semana de superfaturamento em compras realizadas pelo governo do Estado para combater a pandemia.
Corrupção II – Manaus a capital do Amazonas, com cerca de 2 milhões de habitantes foi um dos municípios com maior índice de coronavírus nos primeiros meses da pandemia. O zeloso governador do Estado, Wilson Lima (PSC) preocupado com a situação usou e abusou da facilidade de compra sem licitação e adquiriu 28 respiradouros de uma empresa importadora de vinhos (?) por RS 2.976 milhões. Os mesmos respiradouros custaram à empresa R$ 2.480 milhões, um superfaturamento explícito de R$ 496 milhões. Hoje Manaus está funcionando 100% e misteriosamente o coronavírus desapareceu deixando de matar pessoas na capital do Amazonas. É o fim da rosca...
Respigo
O Hospital Regional e o Teatro Municipal de Ariquemes são duas obras vultuosas que foram iniciadas e estão abandonadas há anos. O teatro teve início em 2006, foi paralisado em 2012 e hoje serve de abrigo a mendigos e drogados +++ O hospital regional, obra de extrema relevância também está abandonado e com visual de ferragens e concreto como se fosse um “cartão de visitas” às avessas da cidade. A obra está desativada desde 2015 e mesmo assim tem “sepultada” uma placa da Pedra Fundamental, até hoje reluzente, mas que, para nada serve assim como as o “cemitério” de ferro e concreto +++ Parte do comércio de Porto Velho voltou hoje (30) para a fase 1 nas medidas tomadas pelo governo do Estado, na luta contra o coronavírus. O bom senso prevaleceu e ficou ignorada o fechamento total, que se comenta até o último final de semana +++ Acreditamos que o ideal seria subdividir Porto Velho em regiões e a utilização de bandeiras para controlar a abertura e fechamento, se for o caso de acordo com o úmero de casos positivados. O decreto deveria ter a proibição de bebidas alcoólicas das 19h às 8h, que ajudaria muito no seu cumprimento +++ É importante destacar que o decreto prevê as novas medidas por 14 dias, mas poderá haver flexibilização, e reabertura antes do prazo. Tudo depende do comportamento da maioria da população, que não foi obediente como deveria na passagem da fase 1 para a fase 2 +++ Prejuízo enorme para as empresas, que investiram pesado no retorno dos trabalhos adotando todas as normas para garantir segurança, como o Porto Velho Shopping, que é obrigado a fechar as portas devido a pessoas ignorantes e que não acreditam, que a pandemia mata. Enquanto isso o comércio vai desaparecendo por falta de clientes e ação ilegal de pessoas irresponsáveis.