Por Assessoria/Prefeitura
Publicada em 11/06/2020 às 09h28
Os vários tipos e métodos de testagem para o novo coronavírus disponíveis em Vilhena foram explicados em detalhes na tarde desta quarta-feira, 10, pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus) em documento compilado pela Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom). A confusão de alguns pacientes sobre falsos positivos ou falsos negativos é tratada na nota explicativa, que descreve exemplos de retestagem, revela posicionamento do Governo do Estado sobre o tema e documentos do Governo Federal. Acesse o arquivo em PDF no link: https://bit.ly/testescovid19vilhena.
As informações foram apuradas pela Semcom em laboratórios privados do município, na Vigilância Epidemiológica da cidade, na Secretaria de Estado de Saúde, no Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e nos sites dos próprios fabricantes dos testes.
A Prefeitura revela, assim, que os testes rápidos têm diferenças nas datas de aplicação, especialmente se comparados ao RT-PCR, de laboratório, feito pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) de Porto Velho. Alguns testes detectam o vírus (ou os anticorpos relacionados a eles) a partir de 3 dias do surgimento dos sintomas, outros 7 dias, ainda outros 9 dias e mais outros 10 dias. Portanto, ainda que o paciente faça, no mesmo dia, testes diferentes, os resultados poderão, sim, ser divergentes devido ao período de detecção mínimo de cada um. Tabeladas lado a lado no documento em anexo, essas diferenças deixam claro que é necessário entender qual a sensibilidade de cada teste antes de fazê-lo, no setor público ou no privado.
A Vigilância Epidemiológica explica ainda o que significam as expressões falso positivo e falso negativo dos testes rápidos aplicados no público em geral desde a semana passada no município.
O QUE É UM FALSO POSITIVO?
O falso positivo acontece quando o teste "acredita" que outros vírus no corpo da pessoa são o sars-cov-2 (que é o nome do vírus que causa a doença covid-19). Cada teste tem um grau diferente de especificidade (exatidão na identificação de QUAL vírus está no corpo da pessoa). Os que a Prefeitura está aplicando agora, da marca Realy Tech, têm especificidade de 99% e, portanto, pode gerar 100 falsos positivos a cada 10 mil testes. No entanto, estes que estão "falsamente positivados" têm outros vírus da família coronavírus.
Até agora, existem 7 tipos de coronavírus humano (HCoV) que causam doenças respiratórias humanas: HCoV-229E, HCoV-OC43, SARS-CoV, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, MERS-CoV e novos coronavírus (2019). Portanto, de qualquer forma, pacientes com falso positivo poderão receber recomendações do médico que os consultar para ficar em isolamento domiciliar/quarentena devido aos sintomas respiratórios.
O QUE É UM FALSO NEGATIVO?
O falso negativo é quando o teste não consegue identificar o vírus no sangue da pessoa pois há pouca quantidade de sars-cov-2 na corrente sanguínea do paciente no momento do exame. Cada teste tem um grau diferente de sensibilidade (que é QUANTIDADE mínima de vírus a partir da qual o teste é capaz de "enxergar" o sars-cov-2 no sangue). Os que a Prefeitura está aplicando agora, da marca Realy Tech, têm sensibilidade de 98% e podem gerar 200 falsos negativos para cada 10 mil testes. No entanto, boa parte destes que estão sintomáticos e testam negativo recebem, mesmo assim, recomendação de isolamento e quarentena pelo médico, que faz a análise clínica (dos sintomas) na consulta.
DIAGNÓSTICO OFICIAL - A explicação demonstra também que o Governo Federal considera que a definição de caso confirmado para covid-19 pode ser atestada através de testes rápidos imunológicos com resultado positivo para anticorpos IgM e/ou IgG, exatamente como os que estão sendo aplicados pela Prefeitura de Vilhena.
Além disso, a análise clínica (dos sintomas) pelo médico na hora da consulta do paciente suspeito também tem peso importante no diagnóstico, visto que aqueles que apresentem sintomas respiratórios já têm, há meses, recomendação do Ministério da Saúde de permanecerem em isolamento/quarentena, independente de estarem ou não contaminados.