Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 24/06/2020 às 15h03
Mídia – A política é e continuará sendo instável, devido as mudanças, que ocorrem em curto período. Hoje é comum o político ser aplaudido e apresentado como exemplo e, no dia seguinte ser guindado à sarjeta e execrado pela maioria da população. E não é somente por boa parte da mídia chamada de “grande”, que há muito deixou de ser a portadora dos interesses prioritários da maioria da população, como deve ser numa democracia. A opção da maioria midiática atual é pela parcialidade na defesa de interesses de grupos, de ideologias nada republicanas, inclusive de o capitalismo selvagem disfarçado de democrático. A política está presente em toda ação humana, seja ela econômica, social, financeira e predomina junto à maioria da população no Eleições Brasil, que por enquanto, escolhe seus representantes políticos, através do voto direto e livre.
Eleições – Mesmo com o coronavírus sem um antídoto e matando gente em larga escala no mundo, as eleições a prefeito, vice e vereadores serão realizadas este ano. A data seria 4 de outubro e em municípios com mais de 200 eleitores, se for o caso, o segundo turno no dia 25 do mesmo mês, mas foram adiadas. Ontem o Senado aprovou o adiamento para novembro, dia 15 e onde for necessário o segundo turno, dia 29. A coincidência das eleições com as gerais de 2022 (presidente da república, governadores e vices; duas das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas) foi descartada. Não dá para abrir mão dos mais de R$ 2 bilhões, que já estão sendo distribuídos pelo Tribuna Superior Eleitoral (TSE) para os partidos políticos gastarem na campanha. Dinheiro do povo.
Cacoal – Apesar de nos últimos 4 meses a mobilização em torno das eleições deste ano não ser das maiores, devido a pandemia, nos principais municípios de Rondônia há nomes sendo apresentados como pré-candidatos aos cargos, que estarão em disputa. O anúncio da pré-candidatura da deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO) a prefeita de Cacoal é um dos assuntos de maior relevância, por enquanto, das eleições deste ano, no interior. Cacoal é o quarto colégio eleitoral de Rondônia com mais de 60 mil eleitores em 2018, seguido por Vilhena, com uma diferença de pouco mais de 400 votos. A prefeita Glaucione Rodrigues (MDB), que é pré-candidata à reeleição e estava sem fortes adversários para impedir sua permanência por mais 4 anos no comando do Palácio do Café, agora terá que acelerar seu trabalho.
Mulheres – Caso Jaqueline confirmar que é pré-candidata e passar pelas convenções, antes marcadas para 20 de julho a 5 de agosto, mas agora adiadas para 31 de agosto a 16 de setembro teremos uma ferrenha disputa entre duas mulheres, com potencial de votos, para comandar politicamente o importante município a partir de janeiro do próximo ano. Glaucione já passou pela Assembleia Legislativa (Ale), antes de eleger-se prefeita em 2016, é experiente e vem bem no comando do município. Jaqueline é a primeira vez que ocupa cargo eletivo, mas tem experiência na política com passagens pelo governo do irmão Ivo, no comando da Secretaria Regional de Porto Velho e pelo Detran. Cacoal é exemplo da participação da mulher na política, o que é muito bom. Com ambas na disputa os “marmanjos” não deverão ter espaço caso resolvem enfrentar a forte dupla feminina.
Capital – E o PP presidido no Estado pela deputada Jaqueline Cassol está mesmo disposto a valorizar a mulher na política. Em Porto Velho a vereadora Cristiane Lopes (PP) está sendo preparada para concorrer a prefeita. Cristiane foi a 10ª mais bem votada nas eleições de 2016 com 2.887 sendo uma estreante na política. Nas eleições de 2018 concorreu à Câmara Federal, quando somou 20.350 votos somente com o “pé na estrada”. Cristiane é uma pré-candidata com muitas chances de sucesso e já demonstrou, que tem espaço junto ao eleitorado da capital. Rondônia está bem representada por mulheres na Câmara Federal com três deputadas: Jaqueline Cassol (PP-RO), Mariana Carvalho (PSDB-RO) e Sílvia Cristina (PDT-RO), mas das 24 cadeiras na Assembleia Legislativa, apenas duas são ocupadas por mulheres: Cássia Muleta (Podemos-Jaru) e Rosangela Donadon (MDB-Vilhena).
Respigo
O Procon-RO, órgãos fiscalizadores, deputados, vereadores devem conter o avanço abusivo dos preços nos supermercados. O litro de leite em caixa que custava menos de R$ 3 e hoje está R$ 5; pacote de arroz de 5 quilos de R$ 14 para R$ 18 são alguns absurdos praticados contra a economia popular sem que providências sejam tomadas +++ Outro problema dos mais sérios, que deve ter o aval do governo federal para contê-lo é o peso e litragem da maioria dos produtos comercializados. Mercadorias vendidas em garrafa, litro, pote e outras embalagens estão com o peso do produto reduzido de forma descarada e ilegal +++ Uma conhecida fonte de água mineral de Rondônia, por exemplo, que sempre teve a garrafa de 500 ml hoje, “estrategicamente” está sendo vendida com 498 ml e tudo fica o dito pelo não dito. A mesma “estratégica” de crime contra a economia do povo ocorre com remédios, medicamentos, bebidas alcoólicas, sucos, massas, temperos, etc. +++ Rondônia, segundo pesquisa da Embrapa produz 97% do café da Amazônia. É o segundo maior produtor de café canéfora do Brasil.